A candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), ao Governo de Minas deve ser decidida na próxima semana. A ação judicial movida por ele contra seu partido entrou na pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tem previsão para ser julgada na próxima segunda (13).
A disputa judicial começou após o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, firmar um acordo de apoio com o Partido dos Trabalhadores (PT), fato que inviabiliza a candidatura de Marcio e o colocaria como apoiador de Fernando Pimentel (PT). Desde então, o ex-prefeito da capital vem lutando para manter seu nome no pleito estadual.
O candidato corre contra o tempo, já que a data limite para o registro das candidaturas na Justiça Federal é na próxima quarta-feira (15). Caso vença a batalha judicial, Marcio deve registrar sua chapa já definida com apoio dos partidos MDB, PDT, PV, Pros, Podemos e PRB.
Caso consiga registrar sua candidatura, Lacerda terá como vice Adalclever Lopes (MDB). Para o Senado, o partido terá candidatura única, com a indicação do deputado Jaime Martins (PROS).
Reflexos no PT
Caso Lacerda se confirme como candidato, a ação também deve causar impactos no PT, que registrou a ata da convenção do partido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), contando com o apoio do PSB. A aliança prevê que o partido de Marcio Lacerda indique um nome para concorrer ao Senado na chapa petista. De início, o nome mais cotado seria o do ex-prefeito da capital, porém ele nega que irá reeditar a parceria com Pimentel.
Com isso, o Partido dos Trabalhadores deixou caminho livre para o PSB definir quem vai encabeçar a segunda vaga ao Senado. Oficialmente, quem ocupa essa posição atualmente é a presidente da sigla em Minas, Cida de Jesus. Mas, segundo interlocutores do partido, a definição se trata de uma candidatura provisória e não deve ser confirmada até o dia 15 de agosto, data limite para o registro das candidaturas.