Pela segunda vez na história do país, uma mulher vai assumir a Presidência da República. Nesta sexta-feira (13), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, vai se assentar na cadeira ocupada hoje por Michel Temer (MDB-SP). O presidente vai visitar o Peru e retorna já no dia seguinte.
As poucas horas de Cármen Lúcia na cadeira da Presidência só serão possíveis porque Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados; e Eunício Oliveira, presidente do Senado, que estão à frente da ministra na linha sucessória, se tornariam inelegíveis nas próxima eleições, caso assumissem o posto de Temer. Para evitar a inelegibilidade, tanto Maia quanto Eunício também planejam deixar o país no mesmo período. Eunício fará uma viagem ao Japão e Maia visitará o Panamá para participar de um evento.
Por outro lado, está não é a primeira vez que um presidente do STF assume interinamente a presidência da República. Em setembro de 2014, Ricardo Lewandowski foi presidente por dois dias, quando a presidente Dilma Rousseff e Michel Temer, então vice-presidente, estavam fora do país.
Em 2002, quem assumiu foi o ministro Marco Aurélio Mello, em virtude de uma viagem de Fernando Henrique Cardoso à Europa. Na ocasião, o vice-presidente também estava fora do país e os presidentes da Câmara e o Senado acompanharam FHC em sua viagem.
Os outros ministros do STF que já assumiram interinamente a cadeira de presidente da República foram José Linhares, que assumiu com a deposição de Getúlio Vargas, de 30 de outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946; José Carlos Moreira Alves, em 1986; e Octávio Gallotti, em agosto de 1994.