Congresso é mais uma vez palco de busca pela PF; Senador e deputado são os alvos

Mais uma vez, durante a operação Lava-Jato, o Congresso Nacional é palco de busca e apreensão pela Polícia Federal. Desta vez, a varredura acontece nos gabinetes do senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE). Os dois, que foram alvos da Lava-Jato, agora são suspeitos de tentar obstruir as apurações dos desvios de recursos.

Durante a ação, que teve início no início da manhã desta terça-feira (24), todo o terceiro andar do anexo 1 do Senado e parte do sexto andar do anexo 4 da Câmara foram isolados pelos policiais federais durante as buscas. A PF fez ainda uma varredura na casa do senador Ciro Nogueira.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), as diligências foram necessárias para apurar a suspeita de que os investigados tenham tentado comprar o silêncio de um ex-assessor parlamentar que estava colaborando com a Justiça. Segundo as investigações, além do pagamento, os parlamentares ameaçaram o colaborador de morte e agora ele está incluído no Programa de Defesa à Testemunha.

Além da investigação sobre obstrução de justiça, os parlamentares Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte são alvo, juntos, de um inquérito derivado da Lava-Jato sobre a existência daquilo que seria uma organização criminosa no âmbito do PP, envolvendo, ainda, outros políticos do partido.

As diligências foram determinadas pelo ministro Edson Fachin, que é relator da Operação-Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Além das diligências em Brasília, foram realizadas buscas em endereços no Recife (PE), Teresina (PI) e Boa Vista (RR).

Após as diligências, o advogado do senador Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que ele está fora do Brasil, mas, em nota, afirmou ainda: “É certo que o senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário, prestando depoimentos sempre que necessários e, inclusive, já foi alvo de busca e apreensão. Continuará a agir o senador como o principal interessado no esclarecimento dos fatos.”

Da Agência Brasil

 

 

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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