Kalil defende regulamentação da Buser e critica: ‘Larga gente em Guarapari, em Cabo Frio’

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Checamos se as afirmações do candidato Alexandre Kalil (PSD) são verdadeiras, falsas ou distorcidas. (Asafe Alcântara/BHAZ)

O candidato ao Governo de Minas Alexandre Kalil (PSD) criticou a Buser nesta segunda-feira (26), em entrevista ao BHAZ, e disse que “enfrentar o transporte público exige coragem”. O ex-prefeito da capital mineira discorda da forma como a atual gestão estadual tentou viabilizar a operação de aplicativos de viagens intermunicipais. “Como o Buser lá, larga gente em Guarapari, larga gente em Cabo Frio, que eu tenho notícia disso. Vi em jornal, vi em televisão”, afirmou.

A resposta afiada foi dada pelo candidato Kalil ao ser questionado sobre a insuficiência do transporte público intermunicipal. Para minimizar a situação, a atual gestão do Governo de Minas tentou flexibilizar as regras do transporte fretado, incluindo a operação de aplicativos. Porém na Assembleia Legislativa foi aprovada uma regulamentação mais severa do que a proposta – o que gerou protestos de usuários dos aplicativos e de empresas que trabalham com turismo e fretamento.

“Foi pago, esse pessoal que tem o direito de explorar o transporte intermunicipal, eles pagaram para isso. Isso não foi dado de brinde pra eles, não. Esse pessoal entrou e pagou, um direito de exploração para o governo. Entrou dinheiro para os cofres do governo”, disse o candidato ao falar de empresas que realizam o transporte intermunicipal.

“Aí, de repente, entra o Buser que não tem que pagar nada, tira o direito de quem pagou. Esse dinheiro que foi pago para o governo foi revertido em remédios, posto de saúde, na época. Mas isso não é assim, não. Eu acho que a regulamentação do transporte por aplicativo, ela tem que estar na mesa, tem que estar sentado”, disse.

Na resposta, Kalil ainda alfinetou o adversário e também candidato ao Governo de Minas Romeu Zema (Novo). “Então, me parece o seguinte: ‘ó, puxa vida, a Assembleia (ALMG), negou”… Não, a Assembleia não negou. A Assembleia falou, ‘nós temos um contrato’. E esse partido que preza tanto o privado, que preza tanto esse tipo de coisa, inexplicavelmente queria rasgar contrato. E não se rasga não”, disse.

“Transporte público que tem outorga, que eles vão lá e pagam a concessão, tem que tomar conta. Não é deles, não. Como o Buser lá, larga gente em Guarapari, larga gente em Cabo Frio, que eu tenho notícia disso. Vi em jornal, vi em televisão. Então, pera lá. Isso tem que tomar conta. Agora, a regulamentação do transporte por aplicativo tem que ser sentado na mesa. E não é um ou dois deputados muito interessados do Novo, nisso, ir lá e tocar goela abaixo da população de Minas Gerais”, acrescentou.

“Então, tá faltando ônibus, vamos sentar essa turma da outorga. Ou então, já que não tem ali, ali pode, ali não pode tem não tem, tem que cuidar. Então, enfrentar transporte público precisa de coragem. Eu sei o que eu passei para enfrentar o metropolitano, e sei a baderna que está o intermunicipal, então vai ter que ter coragem”.

“Primeiro vamos tomar conta do que tem contrato assinado com o estado, depois a regulamentação do outro, é assim que tem que ser”, finaliza.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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