
O empresário Luciano Hang, das Lojas Havan, surpreendeu e virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais por conta de um vídeo em que “defende” o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No registro, ele nega envolvimento em atos antidemocráticos contra o governo.
“Fico com a consciência tranquila, nada fiz de errado, senão ter trabalhado em prol de um candidato. Agora temos um presidente novo, temos um governo novo. Vamos torcer pro piloto, como eu sempre falo, que faça uma ótima viagem. Até porque eu estou dentro do mesmo avião”, diz na gravação, que rendeu memes e críticas.
Ih rapaz, o Luciano Hang fez o L: disse que Lula é o “piloto” do avião onde ele também está, que torce pelo sucesso do Brasil e deseja sorte ao novo governo. pic.twitter.com/nEOSWJqDE7
— William De Lucca (@delucca) January 11, 2023
Hang desmente patrocinar atos
No registro, que já circula na internet, Luciano Hang mostra uma nota oficial. Trata-se de uma fala dele em 1º de novembro do ano passado, um dia após a vitória de Lula nas eleições presidenciais.
O texto diz que “são falsos os boatos, fotos, áudios e vídeos que circulam nas redes sociais de que ele está envolvido, se manifestando ou patrocinando movimentos e paralisação de estradas ou rodovias”, em referência aos atos de caminhoneiros bolsonaristas que bloquearam vias brasileiras.
Hang, que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diz que deseja que o Brasil encontre “paz, harmonia, felicidade, os empregos que o nosso povo sempre precisa”. A declaração gerou repercussão de todo o eleitorado do país.
Apoio a Jair Bolsonaro
O apoio de Luciano Hang a Bolsonaro é amplamente conhecido. Ele, por exemplo, fez um ato em favor do ex-presidente no dia 25 de outubro, pouco antes do segundo turno das eleições, em Belo Horizonte.
A influenciadoras digital Bella Falconi, a empresária Raquel Mattar e a advogada Camila Leite se encontraram com ele na capital mineira. Membros do grupo “Mães Direitas” também participaram da manifestação, que durou das 12h às 14h.
Hang usou uma fita com os dizeres “censurado” para tapar a boca em referência à suspensão dos perfis dele nas redes sociais, determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) após o empresário ser alvo de operação da Polícia Federal.
“A esquerda, não estando no poder, manda. Imagine com Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Petrobras… 600 empresas públicas. Eles compram tudo, compram o Congresso, compram a mídia e têm tudo na mão”, disse o empresário Luciano Hang, à época.