O procurador da República, Delton Dallagnol – integrante da força-tarefa da Operação Lava-Jato e membro da Igreja Batista Bacheri, em Curitiba (PR) –, anunciou que fará greve de fome pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula, que está condenado a 12 anos e um mês de prisão, em segunda instância, tem um pedido de habeas corpus para ser analisado nesta quarta-feira (4) pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele quer aguardar em liberdade o trânsito em julgado de sua sentença.
Em sua rede social, Dallagnol postou: “4ª feira é o dia D da luta contra a corrupção na #LavaJato. Uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados, na Lava Jato e além. O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país”.
O que estará em discussão pelos ministros da Corte é a possibilidade do réu aguardar em liberdade até que se esgotem todos os recursos, ou seja, que a sentença esteja transitada em julgado. Em 2016, a Suprema Corte decidiu que a prisão para cumprimento de pena após julgamento por um colegiado de juízes, era constitucional. A decisão foi tomada pela diferença de apenas um voto e alguns ministros já admitem rever sua posição.
Caso o habeas corpus seja negado pelo STF, Lula, que está em passeata pelo país, não poderá concorrer à presidência da República como candidato do PT. Ele terá que cumprir sua pena por corrupção lavagem de dinheiro, no processo que apura a compra de um triplex em Guarujá, já que o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região negou todos os recursos da defesa do ex-presidente.