Com a decisão do MDB, nas prévias de ontem, de lançar candidato próprio nas próximas eleições para o governo de Minas e ao Senado, os filiados à legenda devem deixar os cargos que ocupam no governo de Fernando Pimentel, de acordo com o vice-governador, Antônio Andrade (MDB). Hoje, emedebistas ocupam quatro cadeiras de comando das secretarias de Saúde, Agricultura, Cultura, Cidades e Integração Regional.
Uma derrota para o governador Fernando Pimentel (PT), candidato à reeleição, que perde o apoio do principal partido da base de sustentação de sua administração. Uma aliança histórica em Minas, entre PT e MDB, que foi rompida. Na verdade, o rompimento é com Pimentel, já que nos bastidores os emedebistas aceitam negociar até com o PT, desde que fiquem como cabeça de chapa.
O vice-governador Antônio Andrade, presidente do PMDB, é o representante da ala mais radical do MDB. Ele disse que, caso seja o indicado para disputar o governo, “não quer o PT” na chapa. Se eu for o candidato, eu não quero o PT como vice e nem o apoio do PT”, afirmou. Com a decisão das prévias do partido, já começaram as costuras para formar parcerias.
Um dos político mais disputados entre vários partidos, entre eles, PT e MDB, para compor uma chapa, é o empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas e filho do ex-vice-presidente, José Alencar. O sonho do líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), Durval Ângelo (PT), é contar com o empresário para vice na chapa para reeleição de Pimentel.
O nome do empresário teve alta cotação também para ser vice na disputada chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Isso, antes da prisão do petista.