Um dos advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Frederick Wassef, foi proibido pela primeira-dama Michelle Bolsonaro de frequentar o Palácio da Alvorada, residência oficial oficial da presidência da República. A informação é do colunista Guilherme Amado, e o advogado nega.
De acordo com a coluna, Wassef tem reclamado de Michelle em conversas com pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) por causa da limitação do acesso ao palácio.
Isso se dá porque o advogado, segundo o colunista, “gosta de se gabar” do trânsito livre e da influência que possui no governo Bolsonaro. No entanto, Michelle demonstra incômodo com o “estilo” de Frederick Wassef.
Na tarde desta quarta-feira (2), o advogado entrou em contato com o colunista Guilherme Amado e negou que tenha sido proibido de frequentar o Palácio da Alvorada. “Nunca falei nada de Michelle Bolsonaro a ninguém e muito menos reclamei. Nunca me gabei de nada e muito menos de trânsito privilegiado junto ao governo”, disse. A coluna, no entanto, mantém as informações.
Réu
Há duas semanas, Frederick Wassef virou réu na Justiça de Brasília por supostamente ter chamado uma atendente de uma pizzaria de “macaca”. O juiz Omar Dantas Lima, da 3ª Vara Criminal de Brasília, acatou a denúncia feita pelo MPDF (Ministério Público do Distrito Federal).
De acordo com o Metrópoles, a atendente Danielle da Cruz de Oliveira denuncia o advogado por injúria racial. “Não quero ser atendido por você. Você é negra, tem cara de sonsa e não vai saber anotar meu pedido”, teria dito ele em uma ocasião, segundo a denúncia.
Em outro momento, no mês seguinte, Wassef teria ido reclamar com a mulher sobre a comida servida pela pizzaria. Após ouvir a resposta, Frederick teria insultado a atentende: “Você é uma macaca. Você come o que te derem”.
Por meio de nota enviada ao portal, a defesa do advogado nega as acusações e se diz “perplexa” com a denúncia oferecida pelo MP, “pois havia diligências pendentes no inquérito, que eram, como de fato são, absolutamente relevantes para o esclarecimento da verdade”.
“Isso viola a garantia constitucional de defesa, pois o inquérito não pode ser apenas um instrumento que busque incriminar alguém. Iremos aos tribunais para resgatar a Constituição”, finaliza a defesa de Wassef.