O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta quarta-feira (18) que 61% dos funcionários públicos do Estado receberão o 13º salário ainda neste ano, antes do Natal. A outra fatia, de 39% dos servidores, deve receber o benefício somente no ano que vem, após operação de venda dos créditos do nióbio.
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Segundo Zema, apenas os servidores que ganham até R$ 2 mil receberão o 13º ainda este ano. O valor será pago parcelada ou integralmente ainda antes do Natal. “Meu grande sonho, que era pagar o 13º neste ano, infelizmente, eu não vou conseguir fazer para todos os funcionários públicos”, disse o governador.
De acordo com o governador, o pagamento só será possível por conta dos repasse do pré-sal feito pelo governo federal ao Governo de Minas. “Continuo trabalhando constantemente na operação do nióbio para que venhamos a quitar o restante do 13º, no mais tardar, no primeiro trimestre do ano que vem”, afirma.
Operação
A operação referida pelo governador foi aprovada, via projeto de lei, no início do mês, pela ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais). A proposta permite ao governo antecipar os créditos do nióbio negociados pela Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais). Com a movimentação financeira, o governo pretende arrecadar cerca de R$ 5 bilhões.
A proposta foi questionada pelo Ministério Público de Contas (MPC), ao alegar que a operação pode causar danos aos cofres públicos. Em seu pronunciamento, Zema atacou as promotoras responsáveis pelo questionamento.
“Infelizmente, fomos atrapalhados por duas promotoras do MPC que tiveram o momento certo de questionar a operação na ALMG e não fizera. Fizeram enquanto estávamos negociando com os bancos e com a Bolsa de Valores. Essa intromissão indevida causou perturbação no processo e esse atraso. Infelizmente, nem todos em Minas estão trabalhando juntos para o bem do Estado”, afirmou Zema.
Por fim, o chefe do Executivo garantiu que a situação econômica do Estado será normalizada no próximo ano. “2020 será o ano da virada. Neste ano ficamos apagando incêndio, resolvendo problemas que o governo anterior deixou para nós. 2020 será o ano do regime fiscal e, ainda no primeiro trimestre, enviaremos à ALMG a reforma da previdência, administrativa e venda de ativos”, concluiu.