O presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto, anunciou, nesta terça-feira (8), que o partido atuará na oposição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O posicionamento vem após conversas que o partido que abriga o atual presidente da República poderia vir a integrar a base do governo do Lula.
“A maioria dos deputados e senadores escolhidos pela nação brasileira são defensores dos mesmos ideais que o PL defende. Ideais, valores e bandeiras glorificados com a chegada do presidente Bolsonaro ao nosso partido”, disse.
Costa Neto anunciou, no mesmo pronunciamento, que o PL será oposição “aos valores comunistas e socialistas” e ao presidente eleito.
“O PL seguirá mais forte do que nunca na busca de uma nação unida pela liberdade, verdade e fé”, completou o político.
O PL terá as maiores bancadas, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado, na próxima legislatura. Nestas eleições, o partido conseguiu eleger 99 deputados e oito senadores.
Valdemar da Costa Neto e o apoio a Bolsonaro
Costa Neto também anunciou que o atual mandatário do país, Jair Bolsonaro, será o presidente de honra do partido. “Queremos que ele comande nosso partido, queremos ele à frente dessa luta que construiu para levar nosso partido a um patamar mais importante”, enfatizou.
Segundo Valdemar da Costa Neto, Bolsonaro, como presidente de honra do PL, “poderá cultivar esses milhões de seguidores que ele tem e a estrutura será a que ele necessitar”.
“Vai trabalhar numa área anexa ao nosso partido, quero montar a estrutura lá e o que ele necessitar nós vamos fazer para ele. Muito importante que ele corra o país e que continue a fazer política”, ressaltou.
O cargo de presidente de honra do PL já existe e foi criado para abrigar José Alencar, que foi vice-presidente nos governos de Lula, após ele deixar o governo.
Depois de deixar a Presidência da República, Bolsonaro terá direito a cerca de R$ 40 mil, valor das aposentadorias do Exército e da Câmara. Não foi divulgado ainda o valor que o PL deve destinar a Jair Bolsonaro para ocupar a presidência de honra do partido e nem a origem dos recursos.
