Quebra de sigilo revela e-mail de filha de Eduardo Cunha pedindo compras no exterior

Quebra de sigilo denuncia troca de e-mails entre Danielle Dytz e seu pai, o ex-deputado Eduardo Cunha (Reprodução/Facebook/Agência Brasil)

A Polícia Federal revelou, a partir da quebra de sigilo do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), troca de e-mails entre o político e sua filha, a publicitária Danielle Dytz da Cunha. Nas mensagens a publicitária pede para o pai comprar diversos itens no exterior, como vídeo game, cremes, óculos, bolsas e roupas. As informações foram divulgadas pela revista Época.

Na mensagem, enviada no dia 20 de fevereiro de 2009 às 16h42, Danielle escreveu ao ex-deputado:”Oi Dad, mesmo eu indo viajar, infelizmente não tenho cacife para comprar tudo que eu gostaria. Fiz uma listinha do que eu gostaria que você trouxesse, e se puder agradeço muito. Veja claro o que não for te dar trabalho!”.

A lista continha “creme clean and Clear all about eyes (2 do tamanho maior), bolsa Balenciaga preta (igual a que eu tenho só que em preto), óculos Rayban Wayfarer cor preta”; além de “sapatilha Tory Burch um tamanho acima do que a Claudia calça preta, (videogame) Wii Fit”.

E ela ainda complementa: “Se forem ao outlet gostaria de camisas polo da Ralph Lauren para trabalhar.. tanto faz a cor.. no caso eu digo as que eu já tenho”. “Se forem ao outlet, me avise! Eu gostaria também de um trenchcoat da Burberry, mas só se forem ao outlet”; “Obs. Compre uma capa para o seu iPhone, eu já tenho. […] Se quiserem comprar o hd externo o que tem mais capacidade é o da marca Iomega”.

No dia seguinte, Danielle mandou outro e-mail para Cunha: “Oi pai, no último email esqueci de incluir o itrip para carro que e o acessório para se ouvir ipodno carro. […]. A caca também pediu um para o carro dela. Muito obrigada! Beijos”.

A publicitária já é investigada pela Lava Jato por conta de um cartão de crédito estrangeiro associado à offshore Köpek em sua posse. A offshore não era declarada às autoridades brasileiras e foi descoberta por investigadores suíços.

De acordo a Lava Jato, a Köpek também recebeu recursos de propina destinados a Cunha no esquema de corrupção da Petrobras.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já havia aberto a ação em junho. O processo foi remetido para a primeira instância em Curitiba, quando Cunha perdeu o foro privilegiado por conta de sua cassação. Com isso, o Supremo remeteu esta ação para a Justiça Federal em Curitiba, sede da Lava Jato.

Rodrigo Salgado

Repórter do Portal Bhaz.

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