Uma declaração do candidato ao governo do Piauí Sílvio Mendes (União Brasil), durante uma entrevista a uma afiliada da TV Globo no estado, tem sido condenada pelo teor racista.
Durante sabatina à TV Meio Norte, Mendes disse à jornalista Katya Dangeles, que o entrevistava, que ela “era quase negra, na pele”, contudo “é uma pessoa inteligente”. A fala se deu após ele ter sido questionado sobre feminicídio e minorias.
Por meio de nota, a assessoria do candidato disse que ele se desculpou pessoalmente, reconhecendo o erro. A profissional não quis se manifestar.
Racismo
Katya perguntou ao candidato quais projetos, caso ele seja eleito, foram pensados para mulheres e minorias sociais. Ao que ele respondeu: “Você que é quase negra na pele, mas você é uma pessoa que é inteligente, teve a oportunidade que a maioria não teve e aproveitou”. Assista:
Nas redes sociais, surgiu uma enxurrada de críticas ao candidato apoiado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. “Se fala isso na frente das câmeras, imagine nos bastidores”, disse um internauta. “Gente, que absurdo. Naturalizaram o racismo”, escreveu outro. “Nojo define”, publicou um terceiro.
Pediu desculpas
Por meio de nota enviada à TV Meio norte (leia abaixo na íntegra), a assessoria do candidato disse que “Sílvio tem profunda admiração, respeito e carinho à jornalista Katya Dangeles, quem considera uma amiga desde os tempos que ela trabalhava no jornal Diário do Povo”.
A assessoria informou que “após a entrevista, Silvio entrou em contato com Katya e pediu suas sinceras desculpas, reconhecendo o erro”.
Nota de Sílvio Mendes
“Devido a repercussão em torno de um trecho da entrevista do candidato a governador Sílvio Mendes à TV Meio Norte, esclarece-se:
Sílvio tem profunda admiração, respeito e carinho à jornalista Katya Dangeles, quem considera uma amiga desde os tempos que ela trabalhava no jornal Diário do Povo cobrindo matérias políticas quando ele era prefeito de Teresina. Após a entrevista, Silvio entrou em contato com Katya e pediu suas sinceras desculpas, reconhecendo o erro”.
