O vice-presidente eleito, Hamilton Mourão (PRTB), não declarou em sua prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a utilização de uma aeronave para participar de um evento de campanha. O fato contraria as leis eleitorais. A informação foi levantada pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a publicação, nos dias 12 e 13 de setembro, o vice de Jair Bolsonaro (PSL) viajou de Brasília a Cascavel (PR) para o lançamento da candidatura de Paulinho Vilela (PSL-PR) a deputado federal.
A aeronave utilizada por Mourão tem o prefixo PT-VLY e pertence ao empresário usineiro do Paraná, Serafim Meneghel. O empresário disse à Folha que a aeronave é de sua família e foi emprestada a Mourão. “É um avião de 1990, turboélice com baixo custo operacional, não é jato ou superavião”, disse.
Em nota, o partido de Mourão disse que não vai se posicionar sobre o tema. “O vice-presidente general Mourão e o PRTB não farão pronunciamento oficial para a Folha de S.Paulo sobre o tema”, afirmou.
Vale ressaltar que uma provável rejeição das contas pelo TSE não deve interferir na diplomação e posse de Jair Bolsonaro. Contudo, em caso de problemas, as rejeições podem servir de base para a abertura de uma investigação judicial eleitoral.