Começa, nesta segunda-feira (10), a campanha nacional de vacinação contra a gripe em todo o Brasil. Em Belo Horizonte, a imunização começou na semana passada, dirigida a idosos de 80 anos ou mais, trabalhadores da saúde, população acamada, entre outros.
Nesta fase da campanha, o foco será imunizar os grupos prioritários – mais de 81 milhões de pessoas. A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar ao menos 90% de cada um dos grupos do público-alvo.
De acordo com a pasta, a vacinação contra a influenza permite minimizar a carga e prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença, reduzindo tamém os sintomas nos grupos prioritários e a sobrecarga sobre os serviços de saúde.
Confira o público-alvo:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
- Gestantes;
- Puérperas;
- Povos indígenas;
- Trabalhadores da saúde;
- Idosos com 60 anos e mais;
- Professores das escolas públicas e privadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Profissionais das forças de segurança e salvamento e das forças armadas;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema prisional
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
- População privada de liberdade.
Vacinação contra gripe em BH
O primeiro público a se imunizar na capital mineira, que aplica as doses desde 3 de abril, inclui idosos a partir de 80 anos e trabalhadores de centros de saúde, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e hospitais de BH.
Segundo a prefeitura, também são convocados: população acamada e que viva nas instituições de longa permanência; gestantes e puérperas até 45 dias após o parto; e, por fim, imunossuprimidos.
A partir dessa quinta-feira (6), BH também listou trabalhadores de saúde que atuam em clínicas, consultórios, farmácias, ambulatórios e laboratórios da capital como aptos a receberem o imunizante.
Para tomar a vacina de gripe em BH, deve-se apresentar documento de identidade e cartão de vacinação. Puérperas deverão levar documento como certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros. Já os trabalhadores de saúde devem comprar a atividade na área na cidade.
Veja abaixo quem é considerado imunossuprimido:
- Imunodeficiência congênita ou adquirida;
- Imunossupressão por doenças ou medicamentos;
- Imunodeficiência primária grave;
- Quimioterapia para câncer;
- Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras;
- Pessoas vivendo com HIV/Aids;
- Uso de corticoides em doses iguais ou maiores que 20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por 14 ou mais dias;
- Uso de drogas modificadoras da resposta imune, como Metotrexato, Leflunomida, Micofenolato de mofetila, Azatiprina, Ciclofosfamida, Ciclosporina, Tacrolimus, 6-mercaptopurina, Biológicos em geral (infliximabe, etanercept, humira, adalimumabe, tocilizumabe, Canakinumabe, golimumabe, certolizumabe, abatacepte, Secukinumabe, ustekinumabe) Inibidores da JAK (Tofacitinibe, baracitinibe e Upadacitinibe).
- Auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias;
- Pacientes em hemodiálise;
- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
Saiba mais sobre o vírus Influenza
A influenza é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, que se transmite facilmente. O período de incubação é de um a quatro dias, e os sintomas podem variar entre os mais leves e os mais graves.
A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala da pessoa infectada.
A gripe tem sintomas característicos, como febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, tosse, dor de garganta e fadiga. Desse modo, a febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias.
Lactentes no primeiro ano de vida; crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade; gestantes; idosos com 60 anos ou mais e pessoas com doenças crônicas e outras condições especiais estão mais propensos a ter quadros mais severos.
Nos casos mais graves, pode existir dificuldade respiratória e necessidade de ir ao hospital. Se ocorrer o agravamento do quadro clínico, o paciente pode desenvolver uma síndrome respiratória aguda grave ou até mesmo morrer.