A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou o primeiro caso de transmissão da varíola dos macacos do ser humano para animais no estado. A infecção, que ocorreu em Juiz de Fora, na Zona da Mata, é também a primeira da doença em um animal no Brasil.
O animal contaminado é um filhote de 5 meses que conviveu no mesmo ambiente e teve contato com o tutor, um humano infectado.
Após procurar atendimento em um Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Juiz de Fora no último dia 8, o paciente relatou que já estava com sintomas há cinco dias. Foi coletada amostra da lesão e confirmada a presença do vírus.
Cinco dias após a confirmação, o animal de estimação começou a se coçar muito e apresentou lesões no dorso e no pescoço. Paciente e cão estão isolados em casa e passam bem, conforme a regional de Saúde.
A orientação é manter o animal em isolamento e a adotar medidas sanitárias para a rotina de alimentação do cão e de higienização do local. O uso de luvas, máscara, blusa de manga comprida e calça é fundamental no contato com o animal. A desinfecção dos locais deve ser feita com água sanitária.
Existem dois relatos no mundo de varíola em animais, nos EUA e França. Os casos ainda estão sendo estudados.
Orientações
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e o Ministério da Saúde informam que, por ser uma doença zoonótica, existe o risco potencial de repercussões para animais. Sendo assim, orientam:
- Todos os resíduos, incluindo resíduos médicos, sejam descartados de maneira segura e que não sejam acessíveis a roedores e outros animais;
- As pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus Monkeypox devem evitar o contato direto próximo com animais, incluindo animais domésticos (como gatos, cães, hamsters, furões etc.), gado e outros animais em cativeiro, bem como animais selvagens;
- As boas práticas de interação com a vida selvagem, conforme descrito acima, podem reduzir o risco de eventos futuros de transmissão de animais para humanos