A tarde de sexta-feira (19) em Belo Horizonte foi marcada por forte ventania. Conforme a Defesa Civil da capital, houve registro de ventos de 104,8 km/h na estação Cercadinho, localizada na região Oeste da capital mineira, entre às 17h e 18h.
Apesar do “susto”, não foram registradas chuvas fortes pela cidade. Nas regionais Oeste e Barreiro, onde houve precipitação, a intensidade não passou do nível moderado, que marca entre 1,1 e 2,5 milímetros de água em cinco minutos.
Apesar da trégua na sexta, o fim de semana deverá ser de precipitação em boa parte da capital mineira.
Recomendações para períodos de chuva
- Evite áreas de inundação e não trafegue em ruas sujeitas a alagamentos ou perto de córregos e ribeirões nos momentos de forte chuva;
⠀ - Não atravesse ruas alagadas nem deixe crianças brincando nas enxurradas e próximo a córregos;
⠀ - Não se abrigue nem estacione veículos debaixo de árvores;
⠀ - Atenção especial para áreas de encostas e morros;
⠀ - Nunca se aproxime de cabos elétricos rompidos. Ligue imediatamente para Cemig (116) ou Defesa Civil (199);
⠀ - Se notar rachaduras nas paredes das casas ou o surgimento de fendas, depressões ou minas d’água no terreno, avise imediatamente a Defesa Civil;
⠀ - Em caso de raios, não permaneça em áreas abertas nem use equipamentos elétricos.
Tempestades com raios devem persistir em BH até março
Belo Horizonte recebeu, nessa quarta-feira (17), uma verdadeira “chuva de raios” durante a noite. Segundo a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), foram registrados 286 raios entre as 20h e 22h. Já são mais de 43 mil em BH e na região metropolitana desde o começo do período chuvoso, em outubro do ano passado.
Ao BHAZ, o meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Claudemir de Azevedo, disse que as tempestades carregadas com raios e trovoadas que têm acontecido em BH são provocadas pelo fenômeno El Niño.
“Esse ano estamos com as temperaturas mais elevadas em função da atuação desse fenômeno. Isso favorece a formação de nuvens típicas de tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento. Por isso que o janeiro deste ano está diferente de janeiro do ano passado, quando houve chuvas contínuas e mais distribuídas”, explicou.
“Essas tempestades normalmente são mais frequentes no período da primavera, em setembro e outubro. Em dezembro e janeiro normalmente temos aquelas chuvas contínuas, de frente fria. Apesar de não ser tão frequente, elas acontecem”, acrescentou o meteorologista.
Ainda de acordo com o especialista, as tempestades com descargas elétricas devem persistir até fevereiro, mês em que elas devem acontecer com menos intensidade. “Tudo indica que teremos Carnaval com raios”, brincou ele.
