Vídeo de banhistas surpreendidos por ‘ondas enormes’ em cachoeira viraliza; entenda o fenômeno

banhistas itacoatiara
Registro mostra banhistas fugindo de ondas gigantes no Rio de Janeiro (Reprodução/Redes sociais)

Um vídeo impressionante que circula nas redes, neste domingo (2), mostra vários banhistas se divertindo em uma cachoeira de água salgada, na praia de Itacoatiara, no Rio de Janeiro. Em um momento da imagem, grandes ondas os atingem e eles precisam “fugir” em meio a gritos de alerta.

Nas imagens, crianças e adultos aparecem jogando bola e se refrescando na água. Repentinamente, as ondas gigantes aparecem e eles notam o perigo iminente: “Caraca, olha isso”, diz um homem, por trás das câmeras. “Sai daí, gente!”, grita uma mulher, espantada (assista abaixo).

Não há informações exatas sobre a data do ocorrido.

Ciclone ou ressaca?

Com a repercussão, muitas pessoas acreditaram se tratar de um “ciclone-bomba”, um tipo de ciclone extratropical que provoca temporais e virou assunto no Brasil nos últimos dias. Um meteorologista do Inmet, ouvido pelo BHAZ, explica que o ocorrido em Itacoatiara não guarda relações com o fenômeno.

“O evento não tem relação com o ciclone-bomba, pois ele se encontra em alto mar, afastado do continente. Ele está no Oceano Atlântico Sul”, diz Claudemir de Azevedo. Segundo o especialista, o vídeo mostra uma ressaca. O ciclone-bomba se desloca pelo mar e costuma provocar fortes chuvas.

O que é ciclone-bomba?

De acordo com o ClimaTempo, a ciclogênese explosiva – ciclone-bomba – acontece quando há uma queda de pressão atmosférica no centro de um ciclone extratropical, de 24 hectopascais em 24 horas ou um hectopascal por hora. Assim, a queda de pressão muito acentuada, em pouco tempo, acaba virando um indício de tempestade.

O vídeo dos banhistas no Rio de Janeiro dividiu opiniões nas redes sociais. Muitos internautas opinam que, se estivessem naquela situação, teriam saído da água há muito tempo. “Que agonia, senhor”, disse uma pessoa no Twitter. “Me dá uma raiva ver gente fazendo corpo mole e enrolando pra sair de perto de situações de perigo”, comentou outra.

Edição: Giovanna Fávero
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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