BBB: Após Eli cercar Jessilane na piscina, internautas apontam assédio e pedem expulsão

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A produção do BBB advertiu Eliezer após ‘cerca’ feita em Jessilane (Reprodução/@canalespiadinha/Twitter)

Espectadores do BBB 22 acusam o participante Eliezer de assédio nesta quinta-feira (3), pedindo a expulsão do participante do programa. O brother “cercou” Jessilane na piscina nesta madrugada, mesmo após a professora pedir que ele parasse, e acabou levando uma advertência da produção do reality.

Depois da festa do líder Paulo André, nessa quarta-feira (2), Eliezer, Jessi, Lina, Douglas e outros participantes entraram na piscina quando ela foi liberada durante a madrugada. Ali dentro, Eli começou a “perseguir” Jessilane, cercando-a contra a parede da piscina enquanto ela pedia para ele parar.

“Sai, Eli. Para. Ô Lina, me ajuda. Para, Eli, é sério. Por favor, para”, repetiu a professora enquanto o brother continuava atrás dela. Depois de algum tempo, a produção do BBB interviu e advertiu Eliezer, que só então parou.

Eliezer se preocupa

O brother ficou preocupado com a advertência e Jessi disse aos outros participantes que se tratava de uma “brincadeira”. “Eli, já falei que tá tudo bem, que era brincadeira. Eu tava falando ‘para’, mas não era porque ele estava me acuando, era porque a Natália ia aparecer e ver, era nesse sentido”, disse.

A cena viralizou nas redes sociais nesta quinta, e internautas levaram as tags “Assédio no BBB”, “Não é não” e “Jessi merece respeito” aos assuntos mais comentados do Twitter. Vários ainda pedem a expulsão de Eliezer do programa.

“É aquela coisa né, só quem passa por uma situação de assédio sabe como é tenso reagir, na hora do nervosismo pode reagir rindo, chorando, gritando… não tem reação certa”, disse uma usuária. “No primeiro ‘não’ ele deveria ter parado. No primeiro pedido de ‘pare’ ele deveria ter parado”, afirmou outra.

Equipes se posicionam

As equipes de Eliezer e de Jessilane se posicionaram sobre o acontecido nas redes sociais. Enquanto os administradores da página do brother disseram que tudo não passou de uma “brincadeira em consenso entre os dois”, a equipe da sister repudiou a conduta e reforçou que “não é não”.

“Foi uma brincadeira, mas na hora o Eli levou um ‘atenção’ e ficou encucado com a situação. E, como podem ver nos vídeos, a própria Jessi disse que era brincadeira para ele ficar tranquilo”, disseram os administradores do Instagram de Eliezer.

Eles acrescentaram: “É muito importante ter a chamada de atenção pois isso evita assédio na casa, o que não foi o caso, pois era uma brincadeira em consenso entre os dois. Mas agimos aqui com transparência, se estiver errado não passamos pano, mas nesse caso precisamos defender sim!”.

‘Não é não’

Já a equipe de Jessilane reforçou que “não é não”, e destacou que o ocorrido foi uma invasão da privacidade da professora de biologia. “Até quando o não vai ser relativizado? Todos sabemos que brincadeiras existem entre homens e mulheres, porém, no momento em que um dos dois pede para parar, o que passa dali não faz mais parte de uma brincadeira”, diz trecho da nota publicada.

“O que está em questão é exatamente o que ela não quis e, nas imagens, vemos uma mulher desconfortável, tentando sair de uma situação para ela constrangedora de alguma forma”, disse a equipe.

Os administradores ressaltaram que “existem muitas formas de assédio que não são consideradas como tal justamente pelo fato de a sociedade se colocar em favor dos homens”: “Por isso mesmo, para mulheres, torna-se ainda mais difícil e constrangedor dizer ‘não’ Mas, ainda assim, Jessi o fez”.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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