Emilly Araújo ‘parabeniza’ Globo sobre alerta de Tadeu no BBB: ‘O que deveriam ter feito em 2017’

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Vencedora do BBB 17 recordou relacionamento tóxico que manteve com o médico Marcos Harter (Reprodução/@emillyaraujoc/Instagram + Reprodução/Globo)

A vencedora do Big Brother Brasil 17, Emilly Araújo, se manifestou sobre o alerta de Tadeu Schmidt, na edição desse domingo (22), a respeito de atitudes abusivas de Gabriel Tavares com Bruna Griphao, com quem se relaciona desde o início do programa.

Lembrando a violência que sofreu na edição de 2017, ao longo do relacionamento com o médico Marcos Harter, Emilly avaliou que a atitude da Rede Globo, deste vez, foi adequada.

Após a edição de ontem mostrar várias cenas em que Gabriel Tavares age de forma abusiva com Bruna Griphao, Tadeu Schmidt quebrou o protocolo e deu um alerta ao vivo.

Diante da repercussão da fala, Emilly veio a público e “parabenizou” a emissora por tomar uma atitude. É que, em sua edição do programa, ela também viveu um relacionamento tóxico com o médico Marcos Harter, que acabou expulso e indiciado por lesão corporal.

Apesar de expulsar o participante, avalia-se que a Globo demorou a ter uma atitude diante dos abusos. Na época, internautas de todo o país se mobilizaram para fazer denúncias, junto ao Ministério Público, para que a emissora agisse.

“Parabéns Globo por fazerem o que deveriam ter feito em 2017… Assim a Bruna não precisa passar por mais de 4 anos de terapia pra tentar superar agressões psicológicas e físicas como eu”, escreveu a ex-sister no perfil que mantém no Twitter. A publicação de Emilly Araújo já tem mais de 92 mil curtidas.

Entenda o recado de Tadeu Schmidt

A edição desse domingo do Big Brother Brasil saiu do protocolo para dar um alerta, “antes que seja tarde”, como o próprio apresentador destacou.

Após o programa exibir cenas em que o participante Gabriel Tavares age de forma abusiva, inúmeras vezes, com Bruna Griphão – com quem mantém um relacionamento na casa, Tadeu Schmidt falou diretamente com os dois.

“Cara de Sapato falando sobre o casal Gabriel e Bruna: ‘Vocês são um casal muito chato’, disse Cara de Sapato. Tina falando sobre o mesmo casal: ‘Vocês dois são tóxicos’. Fora algumas caras incomodadas diante de certas cenas entre Gabriel e Bruna”, continuou Tadeu.

Em seguida, o jornalista foi mais direto. “Vocês estão percebendo que tem alguma coisa errada? Estou aqui para fazer um alerta antes que seja tarde”, destacou.

Marcos agrediu Emilly no BBB 17

Marcos Harter, à época com 37 anos, mantinha um relacionamento na casa com Emilly Araújo, que tinha 20. O médico agrediu a jovem, física e psicologicamente, por várias vezes.

No entanto, só foi expulso após acuá-la durante uma festa no BBB e a polícia bater na porta da Globo.

Naquele mesmo ano, a Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou o médico e o Ministério Público ofereceu denúncia contra ele nos termos da Lei Maria da Penha. O processo, por se tratar de violência contra a mulher, entrou em sigilo na Justiça.

Na ocasião, Marcos encurralou Emilly em uma parede e gritou com ela, além de apontar e encostar o dedo no rosto da jovem.

“Você tem que ficar comigo independente de quem eu ache que tem que ganhar”, falou ele. Durante a briga, Emilly reclamou de dores nos pulsos.

Antes desse episódio, vários outros momentos em que ele a agrediu foram destacados por telespectadores.

Em 2020, vazou um vídeo que mostra a vencedora do BBB relatando a um médico e a uma advogada as agressões sofridas pelo participante Marcos Harter.

Violência contra mulher na lei

O principal dispositivo legal em defesa de mulheres vítimas de violência doméstica no Brasil é a Lei Maria da Penha.

O texto considera cinco formas de violência: física, moral, psicológica, patrimonial e sexual (leia mais aqui).

A violência psicológica, por exemplo, tem a seguinte definição: “causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação”.

Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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