Uma da Holanda surpreendeu ao desenvolver uma almôndega gigante a partir do DNA de uma espécie de mamute já extinta. A criação foi apresentada ao público nessa terça-feira (28) como uma forma de protesto sobre o consumo atual e alerta para a necessidade de buscar alternativas mais sustentáveis para a carne. As informações são da Reuters.
A almôndega de mamute foi cultivada pela startup holandesa Vow e apresentada no Nemo, um museu de ciências de Amsterdã, mas ainda não foi liberada para consumo. À agência de notícias, o fundador da empresa, Tim Noakesmith, afirmou que o objetivo era acender a discussão sobre carnes cultivadas em laboratório.
O alimento foi feito a partir de células de ovelha, que receberam aplicações de um gene do mamute chamado mioglobina. Segundo o diretor científico da Vow, James Ryall, a mioglobina é responsável pelo aroma, cor e sabor da carne. Além do DNA do mamute, a empresa utilizou também DNA do elefante africano para completar a fórmula.
‘Jurassic Park’, mas não pode comer
Para explicar a proposta, Ryall comparou o desenvolvimento da carne com o filme Jurassic Park e enfatizou que a única diferença é que eles não estavam criando animais de verdade. Apesar de surpreendente, a carne ainda não pode ser consumida.
“Sua proteína tem literalmente 4 mil anos. Não a vemos há muito tempo. Isso significa que queremos submetê-la a testes rigorosos, algo que faríamos com qualquer produto que trouxermos ao mercado”, ressaltou o fundador da empresa.
A intenção é comercializar a carne na União Europeia.