Em show, Leonardo compara pandemia de coronavírus a HIV: ‘Morrer f*** é melhor que morrer tossindo’

Leonardo compara HIV a coronavírus
Cantor fez duas afirmações falsas e ainda insinuou que a pandemia não apresenta um risco para a população (@AndreLuis022/Twitter/Reprodução + @leonardo/Instagram/Reprodução)

Em um de seus shows, o cantor Leonardo fez uma comparação entre o novo coronavírus e a transmissão do HIV. O sertanejo minimizou as medidas para conter a pandemia do Covid-19 e fez piadas quanto ao uso de preservativos para prevenir o vírus da Aids.

“Milhões de pessoas no Brasil têm HIV, 30 milhões. Vamos ser sinceros, ninguém usa camisinha. Agora, 900 casos [de coronavírus] confirmados, tem que usar máscara?”, disse enquanto era ovacionado por parte do público presente.

Incentivado pela plateia, Leonardo ainda continuou com ironia. “Eu cheguei à conclusão que a gente morrer f**** é melhor do que morrer tossindo”, concluiu.

Repercussão negativa

As declarações do cantor não foram bem aceitas nas redes sociais. Muitas críticas foram voltadas para a quantidade de informações falsas ditas por Leonardo. “Vale a pena perder tempo explicando o que é uma pandemia pra isso daí? Pode até valer, mas eu mesmo não tenho mais saco pra dedicar tempo a causas perdidas”, escreveu um usuário do Twitter.

Desinformação

Ao contrário da afirmação do cantor, no Brasil são aproximadamente 866 mil pessoas vivendo com HIV, segundo o Ministério da Saúde. Entre elas, 593 mil estão em tratamento no país. Além disso, a distribuição e campanha para uso de preservativos é um pilar central do combate e prevenção ao HIV e à Aids.

A pasta também não considera que o uso de máscaras seja uma medida necessária para a população geral, em relação à prevenção do coronavírus. O uso de Equipamento de Proteção Individual deve ser feito somente por pessoas doentes, contatos domiciliares e profissionais da saúde.

Para prevenir o Covid-19, o Ministério da Saúde afirma que as medidas gerais são o reforço da etiqueta respiratória, a prática de higiene frequente e a desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, além do isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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