Com a presença especial da cozinheira Dadá e da cantora Daniela Mercury, o episódio dessa terça (6) do MasterChef teve como inspiração a culinária baiana. O que ninguém esperava era que o reality da Band fosse criticado por comentários considerados preconceituosos. Eles foram feitos pela apresentadora Ana Paula Padrão e pelo chef Erick Jacquin.
Durante a prova, a jornalista, como forma de pressionar os candidatos, disse que “a prova era da Bahia, mas que não precisava ser devagar”. Jacquin, por sua vez, afirmou que os participantes deveriam “cozinhar devagar, pois se tratava de um prato baiano”.
Os comentários foram considerados xenofóbicos por alguns telespectadores, sobretudo baianos, que acreditam que tais colocações apenas reforçam estereótipos sobre pessoas nascidas na Bahia. Para antropólogos, o “mito da preguiça baiana” é associado ao racismo, já que surgiu da depreciação dos negros por parte da elite baiana. Clique aqui para ler mais.
Confira a repercussão nas redes sociais:
@anapaulapadrao desnecessário e preconceituoso seu comentário: “é Bahia mas não é devagar!” #aff #MasterChefBR @masterchefbr
— JESIANA RITA (@jesianarita) 7 de junho de 2017
#MasterChefBR o q deu em vcs hj c esses ‘closes’ errados? É tão chato e antigo isso de q a #Bahia é devagar. Nunca teve graça, agr mt menos
— Heloísa Gomes (@Helogomes2) 7 de junho de 2017
“É Bahia mas não é devagar não…”
Ana Paula Padrão reforçando o esteriótipo de que o baiano é lento. Que feio… #MasterchefBR
— inclements (@inclements) 7 de junho de 2017
Comentário infeliz sobre cozinhar devagar e sem pressa por ser coisa da bahia. Nos respeitem! #masterchefbr #MasterChef
— Aidil Freitas (@aidilfreitass) 7 de junho de 2017
O próprio perfil do MasterChef no Twitter também soltou um comentário que foi considerado preconceituoso. Após críticas, o tweet foi apagado.
O Episódio
Na primeira parte do episódio dessa terça, os participantes se dividiram em grupos e tiveram que cozinhar o tradicional acarajé com vatapá e caruru, acompanhado do caldo de sururu. O trio formado por Leo, Fernando e Fabrízio saiu na frente e levou o prêmio de melhor prato. O segundo lugar ficou com Deborah e Aderlize.
Os cinco melhores da prova baiana subiram para o mezanino e os demais participantes seguiram para a prova eliminatória, que consistia em fazer um prato com uma proteína acompanhada de um sorvete – bem na vibes agridoce.
O participante Valter foi o grande vencedor da prova eliminatória, após cozinhar um atum na marinada oriental com sorbet de manga – considerado “afrodisíaco” e “erótico” pelo chef Jacquin. Os pratos de Vitor B, Yuko e Taise foram considerados os piores, o que culminou na eliminação da nutricionista.
Foto de destaque: Divulgação/Carlos Reinis/Band