Representatividade! Garotinha ganha Barbie parecida com ela e tem reação emocionante

barbie cadeirante
A boneca faz parte da linha Barbie Fashionistas que traz mais diversidade para as bonecas (Lacey Brown-Rogers/Facebook/Reprodução)

A reação da pequena Ella Rogers ao ver uma Barbie usando cadeira de rodas é um exemplo de como a representatividade é importante. A garotinha de 2 anos ganhou o brinquedo de presente e teve uma reação emocionante ao ver que a boneca se parecia com ela.

O vídeo foi compartilhado pela mãe da criança, Lacey Brown-Rogers, pelo Facebook. A alegria da garotinha fez com que o vídeo viralizasse e a publicação tem milhares de visualizações. O alcance da postagem foi tanto que a Mattel, produtora da Barbie, enviou várias bonecas de presente para Ella.

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Apesar da repercussão recente, a Barbie foi o presente de Natal da garotinha. Ao entregar o brinquedo, a mãe mostrou para a criança como a boneca também usava uma cadeira de rodas. “Ela é igualzinha a você!”, comemorou a mãe com a filha.

‘Ella é como qualquer outra criança’

Com a repercussão do vídeo, a família canadense chegou até a conceder entrevistas para a imprensa local. Lacey aproveitou a plataforma para conscientizar as pessoas sobre a espinha bífida. Essa é a condição de Ella, que faz com que ela seja paralisada do peito para baixo. A espinha bífida é um defeito congênito que causa malformação na medula espinhal.

Ainda assim, a mãe esclarece, em entrevista ao Inside Edition, que a filha não é afetada pelas complicações. “Ela é muito complicada na teoria, mas é muito, muito doce. Ela é super fácil de lidar. Você raramente ouve ela dar um pio”, afirmou.

A mãe conta que ficou muito feliz ao ver a filha incluída em uma linha de brinquedos tão representativa. “Ella é como qualquer outra criança. Ela é não-verbal, mas se comunica pela linguagem de sinais e entende tudo que você está dizendo”, detalha.

Importância da representatividade

Em conversa com o BHAZ, a pedagoga e pesquisadora em educação e sujeitos sociais Beatriz Macedo explica que a diversidade nos brinquedos infantis tem um papel importante. “Trabalhar a representatividade, principalmente com crianças, é um caminho para ter uma geração de adultos menos problemáticos do que na última geração”, declara.

Beatriz explica que existe um grande número de adultos que tem problemas de autoestima e outras questões, por se sentirem na obrigação de estar no padrão que vê na mídia e no dia a dia.

“Aquela criança que se vê diferente do padrão, quando ela se vê em um personagem ou coisas que são corriqueiras para o seu cotidiano, cresce se aceitando mais. Dessa forma, ela reduz problemas com isso, de sentir que não faz parte”, detalha.

Barbie e a diversidade

Loira, magra, branca e alta. Foram com essas características que a boneca Barbie ficou famosa e se consolidou no imaginário de todos. No entanto, a marca se esforça cada vez mais para representar a diversidade de corpos das mulheres reais. A última linha de bonecas lançada pela Mattel é um perfeito exemplo dessa representatividade.

A coleção “Fashionistas” vem com a proposta de ser “a mais diversa linha de bonecas”. “Incluindo mais tons de pele, estilos de cabelo e tipos de corpo do que nunca!”, anuncia a Mattel pelo site.

Entre os novos modelos incluídos na linha, está a boneca cadeirante que Ella ganhou, uma com perna mecânica, outra com vitiligo e uma sem cabelos. Além disso, as bonecas magérrimas não são mais o padrão. Diferentes formatos de corpo estão agora representados.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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