Motorista de app altera destino em 100km para faturar mais na corrida; golpe foi aplicado 11 vezes

(Wikipedia/Reprodução)

Um motorista do aplicativo sequestrou e tentou abusar de uma passageira durante a corrida. Na ocasião, ele aproveitou ainda que a vítima havia dormido em seu carro para alterar o destino da viagem em nada menos que 100 quilômetros! Segundo ele, o objetivo era aumentar a tarifa da corrida.

O motorista foi chamado pelo aplicativo Uber para fazer uma corrida entre Manhattan, Nova York, e White Plains, no estado de Nova York, cuja distância é de 32 quilômetros. O caso ocorreu em 21 de fevereiro de 2018 e, de acordo com um comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o motorista Harbir Parmar, de 25 anos, pegou a vítima em Manhattan, às 23h30.

Durante a corrida, a mulher acabou pegando no sono no banco de trás do carro, quando Parmar teria pego o celular da passageira para alterar o destino da viagem para Boston, a quase 320 quilômetros de distância do destino original.

Quando a vítima acordou, o carro estava no estado vizinho de Connecticut e o motorista, no banco de trás com a mão em seu corpo, conforme seu depoimento à polícia. Ao pedir o celular de volta para pedir ajuda, Parmar não teria permitido que a mulher usasse o aparelho, voltou para a direção do automóvel e acabou abandonado a vítima em uma rua da cidade de Branford, por volta das 2h.

Depois de memorizar a placa do automóvel, e conseguir chamar um táxi para levá-la de volta para casa, a mulher acionou a polícia. Ela estava a cerca de 100 quilômetros de sua casa.

Ao entrar em contato com a empresa Uber no dia seguinte, para relatar o ocorrido, a mulher foi informada de que o motorista Harbir Parmar completou a viagem para Massachusetts, tentando cobrar US$ 1.047,55 (cerca de R$ 4 mil) pela corrida. O motorista alegou à empresa que a vítima havia passado mal em seu carro e solicitou a cobrança da taxa de limpeza.

Motorista reconhece golpes

A polícia norte-americana localizou a placa do carro que havia sido memorizada pela vítima. A partir dos registros de histórico de localização do celular e do app do motorista, os investigadores confirmaram os relatos da mulher.

Em julho de 2018, Parmar admitiu para os investigadores que já havia alterado outras corridas ao menos 11 vezes, em outras ocasiões, entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2018, o que lhe teria rendido nada menos que US$ 3,6 mil (R$ 13,7 mil).

O homem vai a julgamento em junho deste ano, acusado de sequestro – que tem como pena máxima prisão perpétua nos Estados Unidos – e fraude eletrônica, que pode render até 20 anos de prisão.

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