Repórter canta paródia de música da Xuxa para falar de assaltantes mortos e é criticado: “Isso é jornalista?”

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Júnior Rocha cantou paródia para anunciar mortos em confronto com a polícia (Reprodução/Redes sociais)

Um repórter da Band cantou uma paródia da música “Cinco Patinhos da Lagoa”, com versão de Xuxa Meneghel no Brasil, em uma reportagem que narrava a morte de suspeitos de assalto no Paraná. Júnior Rocha, jornalista do Brasil Urgente do Paraná, ainda dá risada no meio da reportagem. Ele foi muito criticado nas redes.

O jornalista começou a matéria dizendo que a notícia era tão “boa, maravilhosa” que até merecia música. De repente, cantou: “Três bandidos foram assaltar uma residência aqui na fronteira, o Choque e a Rocam chegaram e pá pá pá, e os bandidos estão no inferno a queimar”, durante a performance ainda fez sinais de arma com a mão.

Logo depois de cantar, o repórter disse que a polícia não dá espaço para criminosos. “É para glorificar de pé. Palmas. Parabéns, Choque. Parabéns, Rocam. Os cavaleiros de aço da Polícia Militar do Estado do Paraná. O bem venceu o mal”.

Além disso, Júnior Rocha comparou a morte dos suspeitos com a Covid-19. “Eles saíram para meter bronca, só não contavam que a PM já estava de olho. Tentaram a sorte, mas é claro, levaram o azar. Vamos supor que eles morreram de Covid, a variante 5569 mm. Agora o satanás está recebendo os criminosos. Esses não assaltam mais!”. Assista:

Críticas nas redes sociais

Após a repercussão do vídeo, a conduta profissional do jornalista passou a ser bastante criticada nas redes sociais por conta de sua conduta no assunto.

“Isso é um jornalista? Isso é jornalismo? Isso é o Paraná. Isso é o Brasil em 2022”, escreveu um usuário do Twitter. “Falta de profissionalismo da emissora e do programa jornalístico que se presta ao papel de noticiar alguma coisa de forma humorística e sensacionalista”, comentou outro.

O deboche associando o caso a mortes por Covid-19 também provocou indignação.

“A família dos mortos pode (e deve ajuizar indenização por danos morais decorrentes de ofensa à memória de pessoa já falecida. E o Ministério Público, se não prevaricasse, representaria a emissora ante o descumprimento das funções sociais que lhe incumbe”, completou outra pessoa.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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