Grande parte dos brasileiros sabem que assistir Zé Ramalho ao vivo é uma experiência única em uma espécie de pacto que se renova a cada ano. E a noite desta sexta-feira (13) não foi diferente. O público de Belo Horizonte pôde se emocionar com a apresentação do músico paraibano que, após 40 anos de trajetória, ainda surpreende com o poder de musicalizar hinos.
Com direito a casa cheia, o “Bob Dylan do nordeste” revisitou variadas canções de sua carreira consagrada, como “Avohai”, “Frevo Mulher”, “Admirável Gado Novo”, “Chão de Giz”, “Beira-Mar”, “Eternas Ondas”, “Garoto de Aluguel”, “Vila do Sossego”, “Banquete de Signos”, “Sinônimos”, “Mistérios da Meia-Noite”, além de apresentar algumas faixas de um de seus álbuns mais recentes (“Sinais do Tempo”).
Fãs do cantor, as amigas Luciana Nascimento e Ângela Bessa acreditam que o artista passa emoção e verdade em suas apresentações. “Ele canta com a alma, é isso que emociona”, diz Luciana. Já Ângela, afirma que além de emoção, suas músicas trazem nostalgia. “Remete a um tempo muito bom da minha juventude, da cidade do interior onde eu morava”, relembra.
Para a enfermeira Bruna Vilaça, não importa se Zé Ramalho é um artista com 40 anos de carreira e faz parte da velha guarda da Música Popular Brasileira (MPB). O que a atrai nas músicas do cantor são os sentimentos ímpares. “O que ele diz nas músicas, as melodias. Dá vontade de escutar mais, a letra te lembra alguma coisa. Traz uma sensação de bem estar. É gostoso de ouvir”, elogia.
De acordo com o casal Ebson Lima e Jéssica Vilaça, é difícil explicar o que os atrai nas músicas do cantor nordestino. “A música dele tem um misticismo que é único. Ele tem identidade”, comenta o rapaz. Jéssica, fã desde pequena, diz que Zé Ramalho por si só tem uma magnetismo impossível de explicar.
Compondo a setlist repleta de hinos musicais, o “trovador do nordeste” presenteou o público com um mix de músicas de Raul Seixas ao final do show.
Dono de uma admirável trajetória no mundo da música, Zé Ramalho já foi apontado entre ‘As 100 Maiores Vozes da Música Brasileira’ pela Revista Rolling Stone Brasil e dispensa maiores apresentações.
