Torcedor do Vasco vai a festa à fantasia e, sem máscaras, ganha concurso por ser parecido com Casimiro

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O estudante é de Brasília e torce para o Vasco desde criança (Igor Alisson/Divulgação + Reprodução/Instagram/@casimiro)

Se você tem uma conta no Twitter e acompanha (ou não) o streamer Casimiro, provavelmente se deparou nesta semana com uma publicação do carioca sobre o seu “sósia da Unicamp”.

A postagem leva fotos de um estudante que foi a uma festa usando uma camisa do Vasco. Mesmo sem querer, ele acabou vencendo o concurso de fantasias por causa da semelhança com o influenciador carioca conhecido como “Cazé”.

Ao BHAZ, Guilherme Lôbo contou detalhes da história de como ele se tornou o “sósia do Casimiro” de forma inesperada. Vascaíno desde o berço, assim como o influencer, o brasiliense de 21 anos já assistiu a jogos em vários estádios do Brasil, mas ainda espera conhecer São Januário, a casa do Vasco.

Quem é o ‘sósia de Casimiro’?

Guilherme Lôbo é estudante da Unicamp e foi convidado para uma festa por um amigo DJ. Marcado para o último sábado (22), o evento seria em uma república em Campinas. Ele comprou seu ingresso cerca de uma semana antes, mas o seu “rolê” quase foi por água abaixo.

“O jogo do Vasco mudou de data, passou para o sábado às 16h30, bem no horário que o meu amigo ia tocar. Fiquei meio mal de não ir, mas era um jogo muito importante pro Vasco, tinha que ganhar para poder se firmar de vez no acesso à Série A”, conta.

Então, a solução encontrada por Guilherme foi assistir ao jogo da equipe carioca contra o Criciúma e ir à festa logo depois da partida. “Quase tive um ‘treco’, mas o Vasco ganhou de 2 a 1. Fiquei muito feliz com a vitória e fui a pé para a festa mesmo. Mas era para ir de fantasia, e eu não tinha. Decidi ir do jeito que eu estava, de Vasco da Gama”, relembra Lôbo.

Concurso de melhor fantasia e coincidência

“Quando eu cheguei lá, não só eu descobri que tinha um concurso de melhor fantasia, mas o pessoal achou que eu tinha ido de Casimiro, por causa da aparência física e da camisa”, diz Guilherme.

No início, ele negava a comparação, explicando que havia apenas ido com a “roupa do corpo”, mas após tantos comentários sobre o streamer, Lôbo resolveu entrar na brincadeira.

Guilherme Lôbo também se divertiu lembrando de um aspecto inesperado do concurso – além de sua candidatura de última hora: “Cheguei na final junto com um menino fantasiado de lobo, que é o meu sobrenome e o jeito que todo mundo me chama. Curiosamente, a final foi ‘Lobo x Casimiro’ e foi decretado o empate técnico. No fim, todos ficaram felizes e comemoramos muito”.

Na disputa entre ‘Casimiro’ e ‘lobo’, deu empate (Divulgação/Igor Alisson)

‘Sósia’ viraliza e recebe mensagem de Casimiro

“Quando as fotos da festa saíram, pedi para o meu amigo Gabriel postá-las no Twitter, porque eu não tenho essa rede social. Ele já tinha viralizado algumas vezes falando da Unicamp. Aí, pensamos que a postagem teria umas 500 curtidas, quem sabe até chegaria no Casimiro. Não custava tentar, né?”, declara.

“O Gabriel montou o texto e postou no Twitter dele. Do nada, passou de mil, duas mil curtidas. As páginas de meme começaram a compartilhar, aumentou muito o engajamento. Então, cerca de três horas depois, o post chegou no Cazé e ele compartilhou. Eu estava em casa na hora, fui à loucura! Meus grupos de amigos comemoraram bastante, até meus pais e minha irmã me ligaram”, comemora.

Guilherme foi ovacionado pelos presentes na festa (Divulgação/Igor Alisson)

A semelhança de Guilherme com Casimiro não era apontada por muita gente antes de 2020, mas tudo mudou neste ano.

“Com as aulas presenciais na Unicamp, como sempre vou com a camisa do Vasco, uma galera me fala que eu pareço com ele. Deixei o cabelo crescer na pandemia, e já ouvi pessoas dizendo que eu sou o ‘Casimiro de peruca’, ‘se cortar o cabelo fica igual’. Ganhou uma repercussão tão grande que eu aceitei o fato de ser ‘sósia’ dele”.

Mensagem para Casimiro em 2019

O “sósia” contou ao BHAZ que já acompanhava Casimiro antes de sua “explosão” na Twitch, ocorrida sobretudo a partir de 2020. O comunicador trabalha com futebol desde 2014.

“Tem uma história curiosa. Eu nunca vi um jogo lá no estádio do Vasco, em São Januário, sou de Brasília. Quando vim estudar na Unicamp, em 2019, nas primeiras férias, fui ao Rio tentar conhecer o estádio. Só que a procura foi tão grande que não consegui comprar ingresso para o jogo”, lamenta.

“Cheguei a mandar uma mensagem para o Casimiro [imagem abaixo], ele já era relativamente famoso. Pedi para ele divulgar minha história, e até falei que o pagaria depois. Infelizmente, ele não respondeu, mas sem problemas”, brinca.

Ao longo dos anos, Guilherme se tornou cada vez mais fã do carioca e afirmou que a paixão mútua pelo Vasco o faz gostar ainda mais do influenciador. “Admiro muito a pessoa que ele é, o jeitão super carismático e autêntico. Espero que ele continue com esse trabalho muito legal”, diz.

Guilherme já tentou contato com Casimiro em 2019 (Arquivo pessoal)

História com o futebol e o Vasco

Nascido em Brasília, Guilherme morou na capital do país por 18 anos e se mudou para Campinas para estudar. Ele se tornou vascaíno por influência de seu pai e sua avó paterna, que são do Rio de Janeiro.

“Ela é de 1942, fez 80 anos neste mês. Na época da minha avó, o futebol já era muito popular e ela teve a felicidade de crescer bem próxima de São Januário. Ela foi atleta de natação e de nado sincronizado da categoria de base do clube. Já saiu em matérias da época e tudo”, se orgulha o estudante.

No início da década de 2000, quando Guilherme nasceu, o Cruzmaltino estava em boa fase. Em 1998, havia conquistado a Libertadores, e, dois anos depois, venceu o Campeonato Brasileiro. “Não teve jeito, eu praticamente nasci com adereços do Vasco”, brinca.

Apesar de já ter ido a diversos templos do futebol no Brasil, como Maracanã, Engenhão, Morumbi e Vila Belmiro, Guilherme ainda não conheceu a casa do Vasco no Rio.

“Futebol é uma das minhas paixões, mas um dos maiores desejos é visitar o estádio, ver um jogo, vibrar com a torcida”, finaliza Guilherme. Mesmo assim, após o episódio com Casimiro, o “sósia” e torcedor fanático ganhou mais uma boa história para contar sobre o seu clube do coração.

Guilherme com o pai e a irmã, também vascaínos (Arquivo pessoal)
Beatriz Kalil Othero[email protected]

Jornalista formada pela UFMG, escreve para o BHAZ desde 2020, e atualmente, é redatora e fotógrafa do Portal. Participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.

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