A jornalista baiana Maíra Azevedo, mais conhecida como Tia Má, usou suas redes sociais para denunciar um episódio de racismo sofrido por ela nesta segunda-feira (21). Pelo Twitter, a comunicadora conta ter sido “perseguida” pelo segurança de um supermercado localizado em Lauro de Freitas, na Bahia.
“E eu comecei o 21 de março sendo discriminada. Fui ao mercado, e um segurança me seguia, ia atrás de mim, e eu com medo dele tá me assediando, até que me dei conta que era o racismo nosso de cada dia. Estava sendo discriminada por ‘ser suspeita'”, narra Tia Má.
Ela relata ter entrado em desespero com a situação, até que comunicou a abordagem ao gerente do estabelecimento. “Nada precisa ser dito, é o olhar a perseguição. A abordagem é sempre a mesma. Nos seguem e nos olham como marginais em potencial”, acrescenta.
E é assim que a gente enlouquece! Pq nada precisa ser dito, é o olhar a perseguição. A abordagem é sempre a mesma. Nos seguem e nos olham como marginais em potencial. Entrei em desespero, fui falar com a gerente e fiz questão de dizer a que essa é uma abordagem inclusive violenta
— Maíra Azevedo 👠 (@tiamaoficial) March 21, 2022
‘Será que não aprendem?’
Ainda na rede social, a jornalista conta que conversou com outros clientes da loja, que disseram ser este o “modus operandi” em caso de “clientes suspeitos”. “Porque colocar um homem para seguir uma mulher nos causa medo. Será que não aprendem? Quando os ‘outros’ roubam dizem que é transtorno, quando a gente apenas chega somos suspeitos”, desabafa.
No Instagram, Tia Má publicou o print de uma mensagem que encaminhou para o perfil oficial do estabelecimento, relatando o ocorrido. “Não adianta dizer que esse é um serviço terceirizado, pois se estão atuando dentro do mercado, representa aquilo que o mercado defende. Após o meu post, já percebi que essa é uma prática constante dentro da loja!”, escreveu a jornalista.
O BHAZ procurou o supermercado em questão e também o grupo do qual o estabelecimento faz parte, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno. Tão logo as empresas se manifestem, este texto será atualizado.
