Depois de dar o voto contrário à abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na votação da Câmara, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) cuspiu em direção a Jair Bolsonaro, do PSC do Rio de Janeiro.
Apesar da TV Câmara não ter exibido o momento, um flagrante da cena, foi postado no microblog Twitter.
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Momentos antes, quando estava na tribuna para declarar a posição a favor da presidente, Wyllys condenou Bolsonaro por ter exaltado o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador durante a ditadura militar (1964-1985). Jair Bolsonaro votou a favor do processo de impeachment.
Pelas imagens não dá pra ter certeza de que a cusparada foi certeira, atingindo o parlamentar do PSC.
No Salão Verde da Câmara, Jean admitiu em entrevista à imprensa, que cuspiu “na cara” de Bolsonaro e que repetiria o gesto “quantas vezes” fossem necessárias. “Nós estamos numa votação. Eu tenho direito político de fazer o voto que eu quero. Durante toda a votação eu não intervi no voto de ninguém. Não fui lá insultar ninguém. E, na hora que fui votar, esse canalha veio me insultar na saída e tentar agarrar meu braço, ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando vi o insulto, devolvi cuspindo na cara dele, que é o que ele merece”, declarou o parlamentar, um dos maiores oponentes de Bolsonaro na Câmara.
Perguntado se não temia um processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar, o deputado disse não temer uma eventual punição. “Não temo enfrentar processo não. Processo tem de enfrentar quem é racista, quem é machista, quem provoca a violência, quem defende a memória de Brilhante Ustra, um torturador, quem defende a tortura neste país. Isso deveria escandalizar vocês, não um cuspe na cara de um canalha”, afirmou o deputado.
Até o momento o Bolsonaro não se pronunciou sobre o ocorrido.
Com informações do jornal O Globo e apuração do Brasil Poder.
