O Sind-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) aprovou, nessa terça-feira (17), a suspensão da greve sanitária. A paralisação, que envolvia apenas as atividades presenciais, foi deflagrada por tempo indeterminado na rede pública estadual de Minas Gerais desde o dia 2 de agosto. A decisão de encerrar a greve sanitária aconteceu em uma reunião virtual na Assembleia Estadual do sindicado.
A suspensão ocorre depois de o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) suspender a greve convocada pelo Sind-UTE/MG, na última sexta-feira (13), sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. Ontem, a entidade participou de uma audiência de conciliação no tribunal. As partes acordaram que o retorno presencial das atividades presenciais acontecerá a partir desta quinta-feira (19).
Já o período de 2 a 18 de agosto não será caracterizado como falta comum, sendo considerada falta greve, e a reposição deverá ser feita em até 90 dias, de forma presencial. “Nós vamos denunciar todas as contaminações. O que acontecer com a vida dos profissionais, dos estudantes e das comunidades escolares por conta da contaminação nas escolas será de inteira responsabilidade do governo do estado” destacou a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, professora Denise Romano.
Acordos
O Sind-UTE/MG apresentou uma série de reivindicações durante a audiência, como a antecipação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 para os profissionais da educação; ampliação do rol das comorbidades que tem prioridade ao trabalho remoto e adoção de rodízio entre os trabalhadores em educação. Todas as solicitações foram rejeitadas.
Assim como já havia sido recomendado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), o sindicado terá acesso livre às escolas para fins de fiscalização e diálogo com a comunidade escola.
