Funcionário de supermercado em BH desaparece ao sair para o trabalho e mãe pede ajuda: ‘Estou desesperada’

Ronald César Silva Costa Corrêa
Ronald desapareceu no dia 10 de outubro quando saiu para trabalhar (Arquivo pessoal/Mary Jane Rosária da Silva Corrêa)

ATUALIZAÇÃO: O corpo de Ronald César Silva Costa Corrêa foi encontrado enterrado perto de sua casa, em Sabará, na Grande BH, na noite desse domingo (16).

O funcionário de um supermercado de Belo Horizonte desapareceu ao sair para o trabalho na segunda-feira (10). Ronald César Silva Costa Corrêa, de 34 anos, mora em Sabará, na Grande BH, e foi visto, pela última vez, quando estava a caminho do estabelecimento, que fica no bairro Cidade Nova.

Casado e pai de dois filhos, o operador de caixa pegou o ônibus 4998, mas não chegou ao serviço. Ao BHAZ, Mary Jane Rosária da Silva Corrêa, mãe de Ronald, contou que ele saiu ainda de madrugada.

“Ele saiu de casa por volta das 5h30, como ele faz sempre para trabalhar. Fomos até o ponto, conversamos com algumas pessoas que disseram que ele entrou mesmo no ônibus. Só que não chegou para trabalhar”, começa.

Celular

A mãe do operador de caixa conta que a nora ligou no celular no marido pouco depois e uma pessoa atendeu. “Disse que não existia nenhum Ronald naquele número. Depois tentamos ligar outras vezes, mas o celular só chamava”.

Jane relata que é a primeira vez que o filho fica tanto tempo sem dar notícias. “Ele é um menino muito bom, trabalhador. Sempre mantém a rotina de ir para o serviço e depois voltar direto para casa, para a família”.

O trabalhador vestia uma calça jeans preta, cheia de zíperes na perna. Um cinto verde, blusa preta e uma mochila cinza clara com detalhes em vermelho. Levava, na mochila, uma marmita verde e a blusa de uniforme do supermercado.

A família montou um grupo com amigos de Ronald para procurá-lo. “Fomos em todos os locais possíveis, já refizemos a rota do ônibus. E agora estamos buscando imagens para tentar entender o que aconteceu. Também já registramos boletim de desaparecimento na Polícia Civil”.

Arquivo pessoal/Mary Jane Rosária da Silva Corrêa

Desabafo

“Eu, como mãe, estou desesperada”. Jane relata que já viu pessoas passando por essa situação, mas “sentir na pele” é assustador.

“A gente não sabe onde ele está, com quem, se está comendo, passando frio. Estou à base de água aqui, não consigo comer sem saber se meu filho também pode se alimentar”. A mãe de Ronald descreve o momento como “uma dor que não tem explicação”.

Mesmo assim, ela agradece à todos que estão ajudando nas buscas. “É nessas horas que vemos quem são os amigos de verdade. Estão fazendo um mutirão para encontrá-lo. E eu sei que vamos conseguir. Tenho fé que meu filho vai aparecer”, completa.

Divulgação/Polícia Civil
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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