Setenta hipopótamos que pertenceram ao traficante Pablo Escobar devem ser extraditados para México e Índia, pelo governo da Colômbia.
Os animais, conhecidos como “cocaine hippos” (hipopótamos da cocaína, em inglês), já inspiraram um filme, que foi ao ar em 2011. Eles vivem na cidade de Puerto Triunfo, na região de Antióquia, e são considerados uma ameaça para o meio ambiente local.
De acordo com o jornal El Tiempo, o governo colombiano espera que os animais sejam transferidos em dois meses. Países como Equador, Filipinas e Botswana também demonstraram interesse em receber alguns hipopótamos.
Superpopulação
Um dos motivos para a mudança dos animais é o crescimento desenfreado na população de hipopótamos. O grupo, que começou com quatro animais, importados da África por Escobar, hoje já conta com mais de 80 membros.
Para lidar com o problema, que afeta a região há anos, o governo da Colômbia decidiu esterilizar e sacrificar alguns deles.
Em janeiro de 2021, um estudo publicado na revista Biological Conservation indicou que o abate dos animais seria a única forma de resolver a questão. A bióloga colombiana Nataly Castelblanco disse à BBC que “todos sentimos pena desses animais, mas, como cientistas, precisamos ser honestos”.
“Os hipopótamos são uma espécie invasora na Colômbia e se não matarmos uma parte de sua população agora, a situação pode ficar fora de controle em apenas 10 ou 20 anos”, completou a especialista.
Espécie pode pesar 3 toneladas
Os animais contrabandeados viviam na Fazenda Nápoles, de Pablo Escobar. A espécie, considerada agressiva, pode chegar a pesar três toneladas. A reprodução descontrolada dos animais aconteceu depois da morte do traficante. A partir daí, o local ficou abandonado.
