O feriado de Carnaval em Belo Horizonte terminou com 481 ocorrências de roubos, o equivalente a uma média de 80 casos ao dia. Apesar do alto índice, dados apresentados pela Polícia Militar, nesta quinta-feira (2), revelam que houve redução de 42% no número de casos se comparado ao mesmo período de de 2016.
“A redução nos crimes foi possível com o maior planejamento do poder público e com os recursos disponibilizados pelo governo do Estado. A nossa estratégia para distribuir o policiamento nas ruas, atendendo ao folião, também resultou nesses números, sobre os quais entendemos ser positivos”, avalia o coronel Winston Costa, responsável pelo Comando de Policiamento da Capital.
Ainda segundo Costa, Belo Horizonte contou com o efetivo de 7 mil policiais durante o feriado prolongado. Nesse período, foram mobilizadas 1,5 mil viaturas em deslocamentos de urgência para acompanhar a movimentação dos foliões e fazer a segurança do belo-horizontino.
“Esse apoio logístico e humano, além do incremento de 16,7% no efetivo policial em todo o Estado, nos trouxe algumas lições positivas desse Carnaval”, declarou Costa. “Digo algumas porque a qualidade do serviço não envolve somente a Polícia Militar, mas também de um controle maior de pessoas e do consumo de bebidas alcoólicas que dependem do poder público”.
Abuso de álcool
O balanço de Carnaval apresentado pela Polícia Militar revela ainda que foram registrados 499 crimes violentos entre sexta-feira (25) e quarta-feira (1°) na capital — uma média de 83 ocorrências ao dia. Essa categoria envolve crimes como estupros, roubos e homicídios, por exemplo.
Desse total, a maior parte dos crimes (95%) é de roubos — foram 481 ocorrências. “Grande parte das vítimas de roubos e furtos de celulares, por exemplo, estava sob forte efeito de álcool. O controle do uso indiscriminado da bebida é fundamental”, disse o coronel Winston Costa. Ainda segundo ele, a corporação registrou queda de 2% de ocorrências relacionadas a furto de celulares em relação à folia de 2016.
“O que testemunhamos nas ruas e nos corredores dos hospitais eram meninos de 10, 12 e 14 anos embriagados. Inclusive vamos exigir do poder público um nível maior de controle e normas de resolução mais rígidas sobre a venda de bebidas no Carnaval”, declarou.
Homicídios
Em seis dias de feriado prolongado de Carnaval, a Polícia Militar registrou apenas três homicídios em Belo Horizonte. Foram 11 a menos do que o número registrado nesse mesmo período de 2016 (queda de 80%).