O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta segunda-feira (7), que deseja votar a reforma da Previdência até o início de setembro.
Para o deputado, se os demais parlamentares tiverem “um pouco de bom senso, maturidade e responsabilidade” acontecerá no mínimo a votação do texto aprovada na comissão especial. Esse texto foi aprovado em maio deste ano.
Na próxima semana, Rodrigo Maia deve convidar economistas que possam apresentar números da Previdência para os deputados de partidos governistas. Enquanto isso, Maia espera que a base aliada ao governo esteja recomposta para alcançar o número mínimo necessário para aprovar uma proposta de emenda à Constituição.
“Na minha agenda, a Câmara precisa estar votando essa matéria em setembro”, afirmou o deputado. Por essa razão, agosto torna-se um mês crucial para a busca de aliados que estão dispersos. A prova disso foi a votação que determinou o arquivamento do processo de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB).
Caso a base do governo esteja organizada até o fim desse mês, é provável que aconteça a votação, que, para o deputado, “é decisiva para o Brasil”. Quando o texto foi aprovado em maio, 290 deputados eram favoráveis à reforma e, por consequência, estavam aliados ao governo Temer. Mas, a votação da última quarta-feira apresentou uma queda no número de apoiadores, passando para 263 parlamentares. Rodrigo Maia precisará reunir, no mínimo, 308 deputados para conseguir aprovar mais uma reforma proposta pelo governo federal.
Reforma política
Maia disse que amanhã (8) à noite voltará a se reunir com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e com o relator da reforma política da Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), para tratar da reforma político-eleitoral que está em tramitação na Casa.
A comissão especial criada para emitir parecer sobre a proposta que altera o sistema eleitoral deve se reunir nesta quarta-feira (9). Maia espera que a comissão aprove o relatório do relator esta semana e que, a partir de quarta-feira da semana que vem, o parecer esteja apto a ser votado em plenário.
Entre as principais mudanças propostas na reforma está a criação de um fundo público de financiamento de campanha para as eleições de 2018 e a adoção do sistema distrital misto a partir das eleições de 2022.
Da Agência Brasil