O ex-diretor de desenvolvimento e controle de negócios da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), Renato Caporali Cordeiro foi condenado a 4 meses e 15 dias de prisão em regime aberto. Ele foi condenado por desvio de dinheiro público no caso do mensalão mineiro.
Quanto ao diretor de administração e finanças da Comig, Lauro Wilson de Lima Filho, a juíza julgou extinta a punibilidade, pois ocorreu a prescrição, já que o réu completou 70 anos em 2017. Com isso, o prazo de prescrição é reduzido à metade. A pena é de três meses a um ano de detenção.
De acordo com a denúncia, ficou comprovado que Renato participou do desvio de recursos públicos para incrementar o caixa 2 da campanha à reeleição do então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo. Para o desvio de recursos foi simulado patrocínio para o evento Enduro da Independência.
Consta dos autos que Renato e Lauro acataram ordem ilegal do então secretário de Estado da Casa Civil e Comunicação Social, no sentido de que fosse repassado à empresa SMP&B Comunicação Ltda. a quantia de R$ 1,5 milhão a título de aquisição de cota de patrocínio do evento Enduro da Independência.
Consta na denúncia que os crimes apurados tiveram sua origem no período da campanha para governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998.
No início de 1996, a empresa SMP&B Publicidade enfrentava dificuldade financeira, motivo pelo qual foi necessário atrair novo sócio que possibilitasse a retomada do crescimento dos negócios. O repasse de dinheiro público deveria ocorrer por meio do evento esportivo Enduro Internacional da Independência, do qual a empresa SMP&B Publicidade Ltda. tinha o direito de exploração exclusiva.
O laudo pericial revela que o dinheiro entregue à agência de publicidade, misturado com outros recursos, fazia parte de engenharia para escamotear o desvio do dinheiro público.
Do TJMG
