Uma médica de 36 anos surpreendeu amigos e familiares ao anunciar, por meio do Facebook, ter decidido que irá se submeter à morte assistida na Suíça – procedimento em que um paciente, geralmente com doença terminal, escolhe colocar fim à própria vida. O pedido deve ser feito quando o doente ainda tem posse de suas capacidades mentais, de forma consciente e reiterada.
Letícia Franco é oftalmologista em Cuiabá, no Mato Grosso, e portadora de uma doença rara e autoimune chamada de dermatopolimiosite. A condição trata-se de uma doença inflamatória crônica da musculatura que a fazer ter dores pelo corpo e nos músculos. Além disso, provoca febre baixa, desânimo e dificuldade de locomoção. Estudos apontam que de dois a 10 pacientes a cada um milhão de pessoas apresenta a doença por ano. E o diagnóstico pode demorar, já que a fraqueza muscular é a única manifestação aparente na maioria dos casos.
“Em 16 dias estarei longe, na Suíça, fazendo o que me deixará livre da dor e do medo. Acho que amanhã ou depois desligo esse Facebook. A toda minha família deixo meu mais sincero amor”, escreveu no Facebook. A postagem feita na última quinta-feira (1º) foi apagada depois de gerar comoção. A informação é do portal O Livre, que conversou com a mãe da médica.
Segundo a publicação, além da predisposição genética, Letícia pode ter sido acometida pela doença devido à uma reação provocada por implantes de silicone. A probabilidade de que isso ocorra é de 0,8% entre pessoas que se submetem à cirurgia, uma vez que o silicone é tido como material “inerte”, ou seja, que não causa reações. Ela descobriu a condição em 2011.
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A morte assistida é proibida no Brasil, mas permitida na Suíça, Alemanha, Bélgica e Holanda. Alguns Estados do Canadá e dos EUA também realizam o procedimento. Uma reportagem exibida pelo Domingo Espetacular, da RecordTV, ainda no ano passado explica a diferença entre a morte assistida e a Eutanásia. O caso exibido fala sobre Brittany Maynard, que tinha câncer terminal.