Vereador Wellington Magalhães é solto depois de um mês na prisão; bens e salários estão bloqueados

Reprodução/Facebook

Um mês depois de preso preventivamente, o ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte,  vereador Wellington Magalhães (PSDC), foi beneficiado ontem com habeas corpus concedido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A decisão determina a imediata liberação do parlamentar da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana da capital.

O pedido foi apresentado pela defesa do parlamentar que teve sua prisão decretada durante a Operação Sordidum Publicae (política suja), desencadeada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e Polícia Civil, no dia 18 de abril. Além do vereador, foram presos preventivamente outras sete pessoas, denunciadas por envolvimento em fraude de licitação.

Além da prisão, Wellington Magalhães está com o mandado suspenso pela Justiça e a Câmara Municipal de Belo Horizonte instaurou comissão para examinar quebra de decoro parlamentar pelo ex-presidente. De acordo com a denúncia, quando presidiu a Casa, entre abril de 2011 e dezembro de 2016, firmou contratos que significaram um perda para os cofres de mais de R$ 30 milhões.

Bens bloqueados e sem salário

Na última quinta-feira (25), a Justiça de Minas Gerais  também determinou, a imediata indisponibilidade de todos os bens móveis, imóveis, de dinheiro em contas bancárias e de investimentos em nome do vereador Wellington Magalhães, de sua esposa, Kelly Jaqueline Magalhães, e de Daniel Figueiredo Borja, suposto “laranja” do vereador.

A decisão, do juiz Rinaldo Kennedy da Silva, titular da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte, determinou ainda a suspensão do pagamento do vereador, que determinou ainda a imediata suspensão do salário pago ao vereador. A decisão foi tomada em ação civil de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público (MP).

Na decisão, o juiz determinou que o bloqueio deverá incidir especialmente sobre veículos apontados pelo MP,  Volkswagen Cross Fox, Land Rover Evoque e Jeep Cherokee, e três imóveis, uma mansão na orla da Lagoa da Pampulha, uma casa de campo e uma casa em construção, ambas no Condomínio Aldeias do Lago em Esmeraldas.

Ainda segundo o MP, houve aquisição de bens móveis e imóveis em valores desproporcionais à evolução do patrimônio e da renda de Wellington Magalhães como agente público, o que  teria configurado a prática de atos de improbidade administrativa que importaram em enriquecimento ilícito.

 

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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