Médicos do Pronto Socorro entram em greve por melhores condições de trabalho

Os médicos do Hospital João XII (Pronto Socorro) decidiram retomar o estado de greve a partir desta terça-feira (12). A decisão foi tomada após assembleia realizada pelo Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed). A paralisação havia sido suspensa em fevereiro por uma liminar judicial que, posteriormente, foi derrubada pelo sindicato.

Segundo o Sinmed, a paralisação é um protesto contra as péssimas condições de trabalho e falta de estrutura na rede para atendimento à população. “Situação que piora a cada dia”, informa o sindicato.

“Além dos graves problemas que comprometem à assistência, como falta de equipamentos essenciais, como tomógrafo e leitos, os médicos estão recebendo seus salários com atraso e parcelados. O pagamento da última parcela de abril só aconteceu no início de junho”, diz a nota do Sinmed.

Desta forma, de acordo com o Sinmed, “o Hospital João XXIII atenderá as urgências e emergências, após triagem que será realizada pelos próprios médicos obedecendo a um protocolo clínico. Os pacientes que não se enquadrarem nos critérios de urgência e emergência serão encaminhados para outras unidades da rede pública”, explica.

Além dos atendimentos de urgência e emergência, CTI e UTI, o atendimentos às mulheres grávidas de alto risco e mulheres no pré-natal continuam em funcionamento normal.

Fhemig responde

Contatada pelo Bhaz, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informou que haverá manutenções no prédio do hospital para melhorar as condições de trabalho. As reformas vão desde o banheiro até a mudança dos relógios de ponto e sistemas de ar-condicionado.

Em relação a novas contratações, a Fhemig informa que a reposição das vagas autorizadas está em curso, considerando os processos seletivos simplificados abertos. “Não é possível a contratação de 62 profissionais que seriam necessários para a reabertura de novos leitos, devido ao relevante impacto financeiro. No momento, estamos impedidos de promover qualquer aumento no gasto com pessoal.

Entretanto, segundo a nota, uma  comissão mista composta por representantes da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e Sindicato dos Médicos, retomará as reuniões com esse objetivo, tão logo sejam concluídos os cálculos do impacto financeiro, tendo por base as propostas apresentadas.

Segundo a Fhemig o atraso no pagamento dos fornecedores é um problema que atinge toda a administração pública do Estado. “A fundação não tem governabilidade sobre as questões referentes ao pagamento do quinquênio, que dependem de mudança na legislação. Da mesma forma, o pagamento integral dos salários, sem parcelamento, e o pagamento do 13º salário dentro do próprio ano são questões que dependem de ações da cúpula do Poder Executivo Estadual”, diz a nota.

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