Bolsonaro fala em Sergio Moro para ministério, garante liberdade de expressão e redução da máquina pública

Reprodução/Record

Jair Bolsonaro (PSL) concedeu sua primeira entrevista como presidente eleito à Rede Record na noite desta segunda-feira (29). O paulista, que só tomará posse no dia 1º de janeiro, comentou sobre alianças com novos políticos que ocuparão a Câmara, a relação com a oposição e as articulações para seus ministérios.

Em relação ao trato com a oposição, Bolsonaro garantiu que respeitará a liberdade de expressão. “A oposição sempre é bem-vinda e ajuda a evitar que algo de mal venha acontecer em uma decisão errada da sua parte. Nós sabemos o que é oposição pela oposição. Apesar de esperar que isso não venha ocorrer, nós sempre nos preocupamos com isso. Mas, o direito de expressão é sagrado e a oposição será bem-vinda. Vamos fazer um Brasil diferente agindo desta maneira”, disse.

O presidente eleito disse que vai articular relações com a nova bancada da Câmara e que deve ir a Brasília ao longo da semana para se reunir com o presidente Michel Temer. Segundo Bolsonaro, a ideia é discutir propostas que facilitem o destrave da economia. “Buscaremos aprovar alguma coisa em andamento como a reforma da previdência para evitar problemas para o futuro governo, no caso eu. Além disso, queremos evitar pautas bombas, evitando que o Brasil entre em colapso”, afirmou.

Quanto às propostas de segurança e na pasta da Justiça, tão citadas por Bolsonaro, o presidente eleito disse que vai convidar o juiz, Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, para o Ministério da Justiça. “Pretendo conversar com ele, saber se há interesse dele nesse sentido também”, explica.

Bolsonaro recuou quanto ao Supremo Tribunal Federal e rechaçou a ideia de aumentar o número de ministros. “Eu estava embarcando em um rumo equivocado. Eu conversei com o presidente do STF, Dias Toffoli. Eu tenho certeza que teremos uma convivência harmônica”, diz o presidente.

O presidente eleito também abordou propostas como a redução da máquina pública, a diminuição do número de ministérios, cargos comissionados e a colocação de limites nos cartões corporativos.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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