Moradores reclamam de obra da PBH em avenida de Venda Nova

Local voltou a ser alvo de reclamações dos moradores (Henrique Coelho/BHAZ)

Moradores da avenida da República, localizada no bairro Jardim Europa, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, seguem revoltados com obras da prefeitura no local. A via que ficou cerca de 40 anos sem asfalto, enfim foi recapeada. Entretanto, agora, a reclamação é de que há um poste no meio da rua, o asfalto está cedendo poucos meses depois das intervenções e há pneus acumulando água no local. Além disso, os moradores querem que a Prefeitura de BH (PBH) conclua a galeria do córrego que passa na região.

O BHAZ esteve no local em julho deste ano, quando os moradores começaram um protesto na região por conta das obras da PBH na avenida Liége e ruas no entorno. Acontece que, na época, a administração municipal recapeou o local onde já havia asfalto e ignorou a avenida da República, que é continuação da avenida Liége, onde os moradores aguardavam pelo asfalto há mais de 40 anos.

Foto panorâmica mostra diferença entre as avenidas Liege e República em julho deste ano                                       (Rafael D’Oliveira/BHAZ)

O morador Dorgival Lopes, que tem uma casa na avenida República e reside no local há quatro décadas, denunciou o caso ao BHAZ na época. Além de morar na rua de terra, ele também estava com uma obra em sua casa paralisada por conta de burocracias.

Voltamos ao local esta semana, e constatamos que Dorgival já conseguiu dar andamento à obra e também conta com o asfalto na rua, porém as reclamações ainda existem. “Falta a prefeitura vir aqui e tapar o córrego, é uma questão de saúde. Começaram a obra e fizeram o asfalto que, mesmo que malfeito, já é um avanço, mas não pode parar. É preciso regularizar essa região e fazer o mesmo que fizeram na avenida Liége”, afirma o morador.

Moradores querem que a galeria do córrego que passa na rua tenha obras concluídas                                                 (Henrique Coelho/BHAZ)

Quem também reclama das obras na região é o morador Geraldo Faria, de 75 anos. Segundo ele, a obra é “uma gambiarra”. “Foi um serviço malfeito, eles nem varreram aqui, apenas jogaram o asfalto em cima da terra que já tinha aí. Enquanto isso, na avenida Liége está a perfeição. Não fizeram o mesmo aqui”, conta.

Outra preocupação de Geraldo é o lixo jogado pela população no córrego que passa no local e os pneus colocados na via que estão acumulando água. “Isso aí em um perigo, ainda mais que estamos chegando na época de dengue. A ideia é até boa, de fazer um pequeno jardim, mas a areia saiu toda e só tem água parada”, reclama o morador.

Região pode ganhar duas obras

O BHAZ procurou a prefeitura que, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi), disse que existem dois empreendimentos em andamento na secretaria para a avenida República, no bairro Jardim Comerciários.

“Um deles é a elaboração de projeto de tratamento de fundo de vale com custo aproximado de R$ 180 mil. Outra obra em planejamento é a da urbanização da avenida da República, entre a rua Trajano Amâncio Ferreira e o final da quadra 51, no Clube do Sesc) e tratamento de fundo de vale (entre as ruas Sebastião Clemente de Souza e Trajano Amâncio Ferreira). Essas intervenções ainda guardam recursos para contratação dos projetos executivos e execução das obras”.

Ainda de acordo com a Smobi, enquanto aguarda os recursos necessários, a PBH executou intervenções no local para minimizar o impactos das águas deste período chuvoso, “com a implantação de contenção de encosta em trechos da via, limpeza do canal e tratamento asfáltico da via de terra. Foram investidos R$ 149 mil nesses trabalhos”, diz.

É importante ressaltar, que na região existe uma bacia de contenção de cheias, construída para minimizar as enchentes da avenida Vilarinho, um dos principais corredores de Venda Nova, conforme mostrado em reportagem especial do BHAZ sobre a região.

“Não foi pela metade”

Quanto à reclamação da obra nas avenidas ter sido feita pela metade, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) esclarece: “O trecho aprovado para ser recapeado foi na avenida Liége, entre a rua Bistrol e a avenida Vilarinho, correspondendo a 590 metros de via com tratamento asfáltico concluído. Nessa obra foram investidos R$ 489 mil”.

Buraco surgiu na via, poucos meses depois da obra                                                                                                               (Henrique Coelho/BHAZ)

Quanto ao buraco na avenida mostrado pelo BHAZ, a PBH ressalta que realiza durante todo o ano o programa Tapa-Buracos. A solicitação deve ser feita por meio dos canais oficiais de atendimento ao cidadão que são: Sacweb no portal da PBH;  pelo smartphone no aplicativo da PBH ou pelo telefone 156.

Além disso, segundo a Smobi, o buraco, neste caso, é de responsabilidade da Copasa. “A companhia já foi acionada para as devidas providências no local”.

Poste na rua e pneu com água

Sobre um poste de energia elétrica que teria sido instalado no meio da via, a Prefeitura de Belo Horizonte orienta que os moradores da região comuniquem o caso à Cemig, que é responsável pela instalação ou remoção de postes.

Segundo a PBH, os pneus foram colocados pelos próprios moradores                                                                                     (Rafael D’Oliveira/BHAZ)

Quanto aos pneus, a PBH esclarece que os mesmos foram colocados no local pela própria população e que, já consta nas ações programadas pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) a regularização do local.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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