Bolsonaro publica vídeo de mulher sendo apedrejada e gera nova polêmica nas redes sociais

Reprodução/Facebook

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), voltou a causar polêmica neste sábado (5) nas redes sociais após publicar um vídeo de uma mulher sendo apedrejada. Mais cedo, o governante já tinha trocado farpas com o ex-prefeito de São Paulo e candidato à Presidência derrotado, Fernando Haddad (PT).

O vídeo postado por Bolsonaro já tinha, no fim desta noite, mais de 3,3 mil compartilhamentos. Na descrição, apenas reprodução de usuários do Twitter – um deles, inclusive, com conteúdos banidos pela rede social. “Via twitter: JustCarol10 – Atenção, CENAS FORTES. Debaixo da lei Sharia, mulher é morta à pedradas por várias covardes muçulmanos. É com esta cultura que querem invadir o Ocidente e nos submeter à este tipo de aberração”.

Publicação feito por Bolsonaro (Reprodução/Facebook)

“Via twitter: PauloMatrins10 – Um dos maiores absurdos que acontecem no Planeta. Contra essa violência as esquerdistas feministas não se levantam?”, diziam os dois trechos publicados por Bolsonaro para descrever as fortes imagens publicadas.

A lei sharia, citada pela usuária reproduzida pelo presidente, é um conjunto de leis religiosas criada por muçulmanos e seguida entre fundamentalistas até hoje – conhecida também como “lei islâmica”. A palavra sharia significa “caminho” em árabe. Na base dessas normas estão o Alcorão, a Suna e outras tradições.

Há uma polêmica sobre algumas leis criminais consideradas previstas na sharia, como chicotear uma mulher por não estar com a vestimenta indicada como adequada. Estudiosos dizem que esse tipo de punição não está previsto, mas se trata de uma interpretação. Além disso, existem assuntos atuais, como normas de trânsito, que são preenchidos da forma como o governante desejar.

Repercussão

Como de praxe, a divulgação gerou polêmica, com várias críticas e, por outro lado, apoios. “Engraçado você se comover com isso, você não é aquele que se diz favorável à tortura, que diz que o erro da ditadura foi torturar e não, que diz que grupos de extermínio são bem vindos?”, escreveu um internauta.

“Qual a serventia de uma publicação dessas ? Sou muçulmano e Votei no Sr e no seu partido estou começando a me arrepender,propagar este vídeo de décadas atras e usa-lo contra uma religião me parece hipocrisia de quem diz querer um pais melhor e governar para todos os Brasileiros”.

“O Bolsonaro é louco, só pode. Quem lhe disse que as e os feministas não se insurgem contra esta barbárie? Que idiotice!”; “Só para avisar que não é todo muçulmano que é assim não, é só uma parte da religião que é radical, então matar não resolve nada não tenha pensamento da idade média”; “Tem pessoas maravilhosas muçulmanas que moram no Brasil. E são brasileiros também. Isso é querer manipular as pessoas. Em todos lugares existem pessoas boas e ruins. Parece que está na eleição ainda senhor presidente. Procure alguém para orienta lo a saber se expressar como presidente”; e “Para de criar atrito atoa quem quer que esteja cuidando da página, isso só causa desgaste sem necessidade alguma” foram algumas críticas.

Outros usuários, no entanto, enalteceram o post de Bolsonaro. “Obrigado por proteger a América Latina da imigração em massa nosso eterno presidente”; “Bolsonaro vc veio para fazer a diferença estamos juntos com vc ?? O povo brasileiro agradece”; e “Ainda bem que o presidente não fecha os olhos para estas barbáries… vamos lá MITO, vamos mudar esse País… Construir uma Suíça Brasileira” foram alguns elogios.

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