BH pode levar título de Cidade Criativa da Unesco por sua gastronomia 

(Turismo.mg.gov.br/Reprodução+Samuel Gê/Abrasel)

Que a gastronomia mineira é um sucesso, atrai turistas e encanta todo o mundo, todos sabem. Agora Belo Horizonte, que sintetiza a cultura gastronômica do Estado, está provando que tem muito mais do que um excelente tempero na mesa.

A capital é candidata a Rede das Cidades Criativas da Unesco pela Gastronomia e tem grandes chances de conquistar o título. Para se preparar, Belo Horizonte concorreu com 23 cidades por uma das 15 vagas em assessoria especializada oferecida pela Secretaria Especial de Cultura, integrante do Ministério da Cidadania. A cidade foi contemplada com o 5º lugar geral no Brasil, sendo a considerada a melhor nota em relação ao segmento gastronomia.

De acordo com Gilberto Castro, presidente da Belotur, Belo Horizonte é cidade-síntese de sabores e saberes mineiros, esbanjando criatividade e talento gastronômico, valorizando os ingredientes regionais, que podem ser experimentados nos tradicionais botecos, restaurantes especializados e nos mais diversos festivais e eventos gastronômicos que fazem parte de seu cotidiano.

“Fruto desta vocação, é o empenho permanente da cidade em consolidar um amplo e abrangente programa de ações públicas, em parceria com a cadeia produtiva, que abarca a gastronomia e a cultura alimentar como eixo central de uma agenda de desenvolvimento urbano sustentável, promovendo o fortalecimento deste segmento no contexto da economia criativa”, afirmou.

Com tamanha diversidade, a cultura gastronômica Belo Horizontina vai muito além dos estereótipos que a ela são associados, em alinhamento com a Agenda 2030. Um exemplo disso são as políticas municipais em relação à segurança alimentar. Uma das principais frentes de trabalho é a consolidação de um sistema que garanta o acesso ao alimento e fomente a produção, a comercialização e o consumo de alimentos agroecológicos.

Oficinas de trabalho

O início oficial do processo da candidatura teve início em 3 de abril, com a publicação do edital por parte da Unesco. Entre os dias 9 e 16 de maio, serão realizadas oficinas de trabalho, que ajudarão na construção colaborativa do dossiê. Esse documento será entregue à Unesco até 30 de junho, que é o prazo final para a entrega das candidaturas.

Além de auxiliar na elaboração da candidatura, o edital visa estimular a elaboração de planos de desenvolvimento que impulsionem a economia criativa nos municípios brasileiros. Além disso, a capacitação busca contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) previstos na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Grupos se articulam para construir dossiê

Na segunda-feira (29), a Belotur organizou o “Encontro Belo Horizonte Cidade Criativa da Gastronomia”, no início da semana, na sede da Prefeitura de Belo Horizonte. Na ocasião, foram convidados representantes da cadeia produtiva da gastronomia e de outros segmentos que dialogam com a Rede de Cidades Criativas da Unesco, ampliando a participação social e articulando grupos de trabalho para a construção do dossiê que será entregue à instituição.

O encontro foi aberto pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Beato, que destacou que a gastronomia de Belo Horizonte precisa ser conhecida mundialmente. Em seguida, foi a vez do diretor de Políticas de Turismo e Inovação da Belotur, Marcos Boffa, que convidou os presentes para conhecer o planejamento da candidatura, apresentada pela gerente de Marketing da Belotur, Ana Gabriela Baêta.

O consultor da Unesco Brasil e da Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania, Tom Pires, que vem acompanhando o comitê responsável pela candidatura, falou em seguida, apresentando os eixos centrais que serão trabalhados para que Belo Horizonte obtenha sucesso na designação. O “Encontro Belo Horizonte Cidade Criativa da Gastronomia” foi encerrado com uma homenagem a Dona Lucinha, expoente da cozinha mineira, e a assinatura do manifesto de apoio à candidatura.

“Valorizar a gastronomia e a culinária para a política de segurança alimentar significa construir estratégias onde essa cultura, com suas tradições e valores, esteja alinhada e aliada à produção de alimentos saudáveis, agroecológicos e orgânicos, assim como à inclusão social, por meio do empreendedorismo e da geração de trabalho e renda. Nossos programas e ações, além das feiras, festivais, bares e restaurantes da cidade, fazem com que Belo Horizonte promova o acesso ao mercado de trabalho e potencialize o consumo de alimentos saudáveis. É a gastronomia conectando os modos de vida da população ao turismo e a geração de renda para o município”, assinala Darklane Rodrigues Dias, subsecretária municipal de Segurança Alimentar e Nutricional.

Da PBH

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