Morador de BH é preso após se passar por ‘vizinho de barragem’ e receber benefícios

Homem dizia ser vizinho de barragem da Vale S.A. (Divulgação Polícia Civil MG + Reprodução/Google Maps)

Um homem de 56 anos, que se passava por morador do distrito de São Sebastião de Águas Claras, também conhecido como Macacos, foi preso por cometer os crimes de estelionato e associação criminosa em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (13). Ao fingir ser morador do distrito, ele estava recebendo benefícios, como estadia e pousada e voucher para alimentação.

Desde fevereiro de 2019, mais de 170 moradores de Macacos deixaram suas casas devido ao risco de rompimento de barragem da Mina Mar Azul, da mineradora Vale S.A e são assistidos pela empresa.

De acordo com o delegado Murilo Ribeiro, da 3ª Delegacia de Nova Lima, o homem é morador do bairro Betânia, na Região Oeste de Belo Horizonte, e não de Macacos. “Ele se declarava morador da área de risco e por isso recebia os benefícios, porém a fraude foi descoberta. Ele alegou que estava passando por um momento de dificuldade e que, por isso, mentiu”, disse.

Há 20 dias, o homem estava hospedado em uma pousada paga pela mineradora e recebia voucher para se alimentar. Além disso, ele chegou a fazer uma solicitação para receber R$ 5 mil de doação. No momento da prisão em flagrante, ele estava em uma fila aguardando o recebimento de outros benefícios.

Explicações sobre a investigação foram passadas em coletiva (Divulgação/Polícia Civil MG)

Combate a fraudes

O objetivo desta operação é investigar quem de fato necessita da assistência e impedir que oportunistas usem os recursos, conforme explicou o delegado. “Em razão dos alertas de rompimento das barragens B3 e B4, em Nova Lima, a Polícia Civil identificou a falsificação de documentos por parte de algumas pessoas. A comunidade local sofre com a saída de suas residências e queremos impedir que oportunistas usem os recursos”, explicou.

Os trabalhos de investigação continuam e a Polícia Civil deseja localizar outros criminosos. Há indícios de que os vouchers de alimentação estão sendo trocados, inclusive por drogas e prostituição na região.

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