A Igreja Universal do Reino de Deus tem diversas ações de pastores que foram obrigados a fazer vasectomia. A condenação mais recente da instituição do bispo Edir Macedo, de acordo com a Folha de S.Paulo, aconteceu no último mês de abril.
De acordo com relatos de testemunhas, a igreja força a esterilização dos pastores para que, com isso, eles permaneçam na instituição ou subam em seus quadros. A ideia do local é que religiosos com vasectomia e sem filhos têm mais disponibilidade para mudanças. E, quando precisam sair da cidade, é a igreja que precisa bancar com os custos da família do pastor.
Em abril, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-2) condenou a Universal, em segunda instância, a pagar uma indenização de R$ 115 mil ao ex-pastor Clarindo de Oliveira. Ele havia trabalhado na igreja entre 1994 e 2010, em sedes do Brasil e Honduras. Agora, a instituição tentará recorrer da condenação.
A igreja também é alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A ação tem como base diversos casos de outros pastores que sofreram pressão para se vasectomizar. Em 2014, um ex-pastor foi indenizado pela mesma prática.
Em resposta à Folha de S.Paulo, a instituição afirmou que as condenações contra ela são “exceções” e disse que não há pressão para esterilizar pastores. Declarou ainda que estimula que seus líderes religiosos formem famílias.
