Da ALMG
A possibilidade de instalação de praças de pedágio na Rodovia MG-424, entre Belo Horizonte e Sete Lagoas, na região Central de Minas, volta a mobilizar autoridades e moradores de cidades localizadas ao longo da via. O trecho integra o plano de concessões rodoviárias anunciado pelo governador Romeu Zema (Novo).
Para tratar dos impactos dessa medida no vetor norte da região metropolitana de Belo Horizonte, a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se reúne com prefeitos e outras autoridades nesta quinta-feira (27), às 10h, no Auditório José Alencar.
O requerimento é do deputado Professor Wendel Mesquita (SD), que deseja buscar um entendimento entre os que veem a implantação do pedágio como negativa, pois onera demais o transporte, e os que miram a realização de obras aguardadas há tempos na rodovia, em trechos ruins como nas proximidades de Matozinhos.
Privatização: desejo da gestão passada
No início de 2018, ainda na gestão do governador Fernando Pimentel (PT) foi lançado edital de licitação que previa a concessão de um trecho de cerca de 50 quilômetros da rodovia, entre a MG-010, próximo a Vespasiano, e Sete Lagoas. Isso implicaria a implantação de duas praças de pedágio, próximas aos municípios de São José da Lapa e Prudente de Morais.
À época, o Executivo argumentava que a estrada tem alto índice de acidentes e precisa de reformas urgentes, o que só seria possível com a concessão, devido à situação financeira do Estado. Uma ampla movimentação local, porém, conseguiu uma liminar judicial suspendendo o processo.
Uma das preocupações das lideranças do movimento “Todos contra o Pedágio” era com o encarecimento das passagens pagas por moradores que trabalham diariamente na Capital, o que poderia resultar em desemprego e outros prejuízo nas relações com Belo Horizonte.
Diante da liminar, o processo licitatório não foi concluído. Porém, a MG-424 volta a figurar nas concessões anunciadas recentemente pelo governo mineiro, com previsão de licitação já no próximo semestre, conforme destaca o gabinete do Professor Wendel Mesquista.
Prefeitos de oito cidades impactadas foram convidados para a audiência, assim com secretários de governo envolvidos com o projeto.