Funerárias levam lanches junto com cadáveres para cemitério de BH

FPMZB/Divulgação + Keiti Almeida/Assessoria Vereador Jair Di Gregório

Funerárias que prestam serviço às famílias no Cemitério da Paz, no bairro Alto do Caiçara, na região Noroeste de Belo Horizonte, estão realizando atividades clandestinas. Entre elas está o fornecimento ilegal de lanches que são transportados nos carros que levam os corpos. A denúncia ocorreu após uma vistoria da Comissão de Administração Pública, Câmara Municipal, realizada nessa terça-feira (16) no local.

O diretor de Necrópoles e de Gestão de Finanças da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Welligton Correa, contou que as funerárias foram notificadas sobre a prática, mas que continuam exercendo-as. O transporte dos alimentos junto dos cadáveres coloca em risco a saúde das pessoas. Com a fiscalização, as funerárias passaram a entregar os lanches do lado de fora do cemitério e até mesmo nas casas dos familiares.

O fornecimento ilegal dos lanches fez com que a administração do Cemitério Paz proibisse que famílias levassem qualquer tipo de alimento para o espaço. Além disso, a entrega dos alimentos pelas funerárias tem prejudicado o funcionamento da lanchonete do cemitério.

Na vistoria realizada a pedido do vereador Jair di Gregório (PP) foi constatado que as funerárias também estão oferecendo planos funerários dentro do cemitério, o que é proibido pelo município.

Outros problemas

Construído em 1967, o Cemitério da Paz enfrenta outras dificuldades que foram constatadas na vistoria. Entre eles a atuação dos chamados “enxadinhas”, pessoas que cobram um valor das famílias para fazer a manutenção dos túmulos. A prática também é ilegal, pois muitas vezes ocorre o uso indevido de outros túmulos com a construção de canteiros e isso ocasiona até mesmo infiltrações no terreno.

“Realizamos essa visita ao Cemitério da Paz, pois recebi várias denúncias de pessoas sobre o estado do local. Mesmo com a fiscalização constante feita pela prefeitura, os ‘enxadinhas’ estão atuando”, disse ao BHAZ o vereador Jair di Gregório.

Outro problema constatado foi a presença de crianças soltando pipas dentro do cemitério, pois há o perigo delas caírem de uma sepultura ou até mesmo caírem dentro das covas. Na oportunidade, também foi visto um jovem aprendendo a dirigir um veículo ao lado do pai, expondo as pessoas ao risco de atropelamento. 

Para que o espaço receba a manutenção devida deverá acontecer a concessão à iniciativa privada, pois a prefeitura, conforme conclusão da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, não tem condições de administrar o espaço por conta própria.

Com informações da CMBH

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