Brumadinho, Moçambique e Amazônia: Bombeiros de Minas fazem história em 2019

Divulgação/Corpo de Bombeiros + Bárbara Ferreira/BHAZ

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) celebra seus 108 anos da maneira que os inspira: salvando vidas. A corporação completa também sete meses de empenho nas buscas em Brumadinho, e seis meses desde que foi até Moçambique, na África, para auxiliar a população do local. E nesta última quinta (5) foram enviados para uma nova missão: ajudar no combate aos incêndios florestais na Amazônia.

De janeiro até o mês de julho, aproximadamente 6 mil militares foram convocados para mais de 210 mil operações. Em meio a esse contexto que se repete na profissão, o ano de 2019 merece destaque. A começar pela operação na região do Córrego do Feijão, em Brumadinho, após o rompimento da barragem da Vale, que até hoje conta com uma equipe voltada para a busca de desaparecidos.

Divulgação/Corpo de Bombeiros

O trabalho na área da cidade de Brumadinho ainda não tem data de finalização. Em entrevista ao BHAZ, o segundo-tenente Leonan Soares Pereira revela que, apesar do cansaço, os militares abraçaram a cidade e os familiares que perderam seus entes queridos.

“Ainda faltam 21 corpos a serem identificados. E apesar de já termos um revezamento completo da equipe, o cansaço é nítido. Mas a motivação para estarmos ali é maior, nós realmente abraçamos a causa e vamos entregar o único direto restante à essas famílias após o acidente”, diz.

Com apenas um mês de atuação na cidade mineira, uma equipe com 20 membros do CBMMG foi enviada à Moçambique. A ação se deu no contexto da emergência humanitária causada pelo ciclone Idai, que assolou o país no dia 14 de março, com ventos de mais de 170 km/h. Os especialistas enviados haviam trabalhado no início da operação de Brumadinho e permaneceram por lá durante 40 dias.

CBMMG/Facebook/Reprodução

“Apesar de ter sido uma situação totalmente diferente, os militares trouxeram fortes histórias vividas pela população de lá. Como por exemplo das pessoas terem água dosada todos os dias e viverem totalmente isoladas”, declara Leonan.

Agora a missão envolve novamente o país brasileiro. A Amazônia pede ajuda e os heróis mineiros prometem auxiliar no combate aos incêndios florestais do local. Vinte militares do CBMMG atenderam ao chamado e embarcaram para o Pará, na região Norte do Brasil.

Segundo o tenente Leonan, toda a força da corporação vem de um único motivo: ajudar outras pessoas. “Nós temos uma missão que é ajudar o próximo. É um verdadeiro privilégio de trabalhar ajudando quem precisa. Lógico que o salário que recebemos é importante para sobreviver, mas o principal motivo de tanto empenho é uma motivação interna mesmo, de estar salvando vidas”, completa o bombeiro.

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