O governo federal vai lançar uma campanha pelo fim do isolamento horizontal, durante a pandemia do novo coronavírus, com gasto estimado em R$ 4,8 milhões, segundo a revista Época. A campanha não teve licitação, por ser classificada como emergencial. A ideia do governo é fazer o isolamento vertical, com apenas pessoas que estão no grupo de risco, como os idosos.
Segundo a coluna de Guilherme Amado, o conteúdo está sendo produzido pela agência iComunicação. Como o secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten, está afastado com o novo coronavírus, o responsável pelas negociações é o filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Intitulada “O Brasil não pode parar”, a campanha deve ser lançada ainda neste sábado (28). No vídeo, que ainda não foi finalizado mas já circula pelas redes sociais, um narrador começa a citar muitas profissões e afirma que o Brasil não funciona sem elas.
“Para os pacientes das mais diversas doenças e os heroicos profissionais de saúde que deles cuidam, para os brasileiros contaminados pelo coronavírus, para todos que dependem de atendimento e da chegada de remédios e equipamentos, o Brasil não pode parar. Para quem defende a vida dos brasileiros e as condições para que todos vivam com qualidade, saúde e dignidade, o Brasil não pode parar”, fala o vídeo.
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Campanha já iniciada na Secom
Desde quarta-feira (25), a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República) já estava com o logo da campanha pronto e postado nas redes sociais.
“No mundo todo, são raros os casos de vítimas fatais do coronavírus entre jovens e adultos. A quase-totalidade dos óbitos se deu com idosos. Portanto, é preciso proteger estas pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco, com todo cuidado, carinho e respeito. Para estes, o isolamento. Para todos os demais, distanciamento, atenção redobrada e muita responsabilidade. Vamos, com cuidado e consciência, voltar à normalidade”, diz texto da campanha.
Nas redes sociais, as pessoas não estão satisfeitas com a posição adotada pelo governo federal, que vai contra a maioria dos outros países. Veja a repercussão: