O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou nesta quarta-feira (8) que todas as lojas não essenciais serão totalmente fechadas em Belo Horizonte. A medida faz parte das ações de prevenção da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) para conter o avanço do novo coronavírus.
O decreto não deve afetar o funcionamento de supermercados, farmácias, laboratórios, clínicas, hospitais e demais serviços considerados essenciais durante o período de enfrentamento à epidemia.
Por meio de anúncio em sua página no Twitter, o prefeito disse que a medida virá por meio de decreto e deve passar a valer a partir desta quinta-feira (9). “É muito sério. Todos os estabelecimentos não essenciais estarão fechados por decreto amanhã. Quem não está entre os serviços essenciais não deve ir trabalhar”, escreveu Kalil.
É muito sério. Todos os estabelecimentos não essenciais estarão fechados por decreto amanhã. Quem não está entre os serviços essenciais não deve ir trabalhar.
— Alexandre Kalil (@alexandrekalil) April 8, 2020
A medida já havia sido adiantada ao BHAZ pelo secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis, nessa terça-feira (7). A PBH temia o aumento do movimento na cidade após o fim de um acordo entre os sindicatos que poderia reabrir cerca de 50 mil lojas em BH e região.
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Essas lojas de rua não estavam no primeiro decreto assinado pelo prefeito no dia 18 de março, que suspendia o funcionamento dos seguintes estabelecimentos em BH:
- Casas de shows e espetáculos de qualquer natureza;
- Boates, danceterias, salões de dança;
- Casas de festas e eventos;
- Feiras, exposições, congressos e seminários;
- Shoppings centers, centros de comércio e galerias de lojas;
- Cinemas e teatros;
- Clubes de serviço e de lazer;
- Academia, centro de ginástica e estabelecimentos de condicionamento físico;
- Clínicas de estética e salões de beleza;
- Parques de diversão e parques temáticos;
- Bares, restaurantes e lanchonetes.
Ainda ontem, prevendo o aumento do número de pessoas nas ruas, Kalil assinou um novo decreto que proíbe a circulação de clientes dentro dos estabelecimentos e permite apenas o atendimento da porta para fora, com organização de filas e distância de, pelo menos, um metro. Agora, o prefeito anuncia o fechamento total do serviço não essencial.
Aprovação
Segundo estudo recente realizado pela CDL-BH (Câmara de Dirigentes Lojistas), apenas 1% dos moradores da capital é favorável à interrupção das medidas de quarentena e volta do comércio.
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As medidas de Kalil têm uma avaliação positiva de 69% entre os moradores de BH, enquanto 22% as consideram regular, 7% as reprovam, e outros 2% não souberam responder.
O estudo ouviu 600 pessoas com idades entre 16 e 80 anos, entre os dias 28 e 31 de março. A margem de erro da pesquisa é de 4,2 pontos percentuais e a confiança é de 95%.
Coronavírus em Minas
Dos 614 casos da doença em Minas, 293 estão em BH. Segundo a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), das 14 mortes provocadas pela Covid-19, seis ocorreram na capital. Até o momento, são 51,6 mil casos suspeitos em todo o Estado e 100 mortes em investigação.