O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quinta-feira (28). Ele falou sobre uma ruptura institucional em uma “live”. O deputado disse que a questão não é de “se”, mas, sim, de “quando” esse “momento de ruptura” vai acontecer.
Em uma transmissão ao vivo em entrevista ao canal Terça Livre, nessa quinta-feira (27), Eduardo Bolsonaro criticou a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) no inquérito que investiga uma rede de divulgação de notícias falsas. Na manhã do mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes autorizou mandados de busca e apreensão contra influenciadores bolsonaristas.
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“Até entendo quem tem uma postura mais moderada para não chegar a um momento de ruptura, um momento de cisão ainda maior, conflito ainda maior. Entendo essa pessoas que querem evitar esse momento de caos. Mas falando bem abertamente, opinião de Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de se, mas sim de quando isso vai ocorrer”, declarou o deputado, após dizer que a atuação do STF é ilegal.
Não “se”, mas “quando”
— Conrado Hubner (@conradohubner) May 28, 2020
“Falando bem abertamente, não é mais uma opinião de se, mas de quando vai ocorrer uma ruptura”
(Eduardo Bolsonaro há pouco) pic.twitter.com/vrpe2wquZZ
Eduardo Bolsonaro também mencionou uma possível “medida enérgica” a ser tomada pelo pai, o presidente da República. “Não se enganem: quando chegar ao ponto em que o presidente não tiver mais saída e for necessária uma medida enérgica, ele é que será taxado como ditador”, afirmou o deputado.
“Quando chegar a um ponto que o Presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida enérgica, ele que será taxado como ditador” pic.twitter.com/KOb2hhez71
— Samuel (@SamPancher) May 28, 2020
Durante a live, que também teve a participação de Olavo de Carvalho, do médico bolsonarista Italo Marsili e da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), foi citada a teoria de que a investigação é uma conspiração contra o presidente Jair Bolsonaro.
O organizador da transmissão, Allan dos Santos, do site Terça Livre, foi um dos alvos da operação nessa quarta-feira. A PF (Polícia Federal) cumpriu um dos mandados de busca e apreensão na sede do blog e apreendeu celulares e computadores do veículo e do influenciador.